or duas vezes, ele esteve a ponto de não cumprir o objetivo de tornar-se o maior ganhador de medalhas douradas de todas as olimpíadas e bater o recorde de conquista de medalhas de ouro numa única edição dos Jogos. Na sexta-feira à noite (sábado pela manhã em Pequim), um único centésimo de segundo assegurou a vitória de Michael Phelps sobre o sérvio Milorad Cavic na final dos 100 metros borboleta. No domingo, o fenômeno Phelps não tinha nadado tão bem - e a vitória no revezamento 4 x 100 metros livre só veio porque seu companheiro da equipe americana Jason Lezak ultrapassou o francês Alain Bernard na última etapa da prova, numa impressionante recuperação. "Eu estava em estado de choque depois da prova (dos 100 metros borboleta)", disse Phelps, após conquistar a sétima medalha de ouro em Pequim, igualando o recorde de seu compatriota Mark Spitz, de Munique-1972. "Achei que, por causa de meia braçada, eu tinha perdido, mas imagino que isso fez diferença no final." No fim da prova, Phelps retardou a braçada e alongou o braço para tocar a parede da piscina primeiro que Cavic. Assim, Phelps terminou a corrida em 50s58. Cavic fez o percurso em 50s59. A Sérvia protestou contra o resultado, alegando que os dois nadadores tinham terminado a prova empatados e Cavic também deveria receber a medalha de ouro. "Eles chegaram juntos no fim da prova", afirmou o chefe da delegação sérvia Branislav Jevtic. "Como todos nós sabemos, tecnologia é imperfeita e isso pode ocorrer (um mau funcionamento)." A Federação Internacional de Natação (Fina), no entanto, confirmou o resultado e ratificou os tempos registrados pelo sistema de cronometragem eletrônica do Cubo d?Água. A polêmica ganhou as páginas de jornais de todo o mundo - que exibiram várias fotos da chegada da prova. Embora o próprio Cavic tivesse pedido que o protesto formal fosse retirado, a delegação da Sérvia ainda não estava convencida de que uma diferença tão apertada possa ser detectada pelo equipamento eletrônico. COM AP E NYT
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