LONDRES - O presidente da Associação Olímpica Britânica (BOA, na sigla em inglês), Colin Moynihan, disse nesta quinta-feira que continua preocupado com os assentos vazios na Olimpíada de Londres, dizendo ser "injusto" com os atletas britânicos. A questão das cadeiras vagas se mostrou uma dor de cabeça para o Locog (comitê organizador dos Jogos), que conduziu uma venda de ingressos complexa mais de um ano atrás para tentar evitar o problema, também ocorrido nos Jogos de Pequim, quatro anos atrás. Mas, apesar do apetite aparentemente insaciável dos britânicos e das vendas de ingressos na Internet em minutos, assentos vazios ainda são vistos, inclusive em finais. Cerca de 3,8 milhões de espectadores compareceram, mas a taxa de ocupação foi de até 85 por cento na terça-feira, com trechos ainda maiores de vagas desocupadas em áreas credenciadas para autoridades olímpicas, federações esportivas, comitês olímpicos nacionais, atletas e jornalistas. "Não me sinto mais relaxado hoje do que dois dias atrás", disse Moynihan aos repórteres. "O Locog tentou tomar algumas iniciativas, e Jeremy Hunt (ministro de Esportes e Cultura) ainda está analisando o tema, mas é um assunto que atormenta as mentes dos responsáveis pelos ingressos todos os dias entre agora e o final dos Jogos". Mas um porta-voz do Locog reagiu, dizendo que "Colin deveria nos procurar se tiver outras ideias". O Locog já pediu que os detentores de assentos credenciados abram mão de cadeiras não desejadas, e vendeu os 9 mil ingressos disponibilizados em questão de horas. Outras medidas adotadas foram dobrar o número de professores e estudantes com permissão de ocupar assentos credenciados vagos e encorajar voluntários de folga e os militares a cargo da segurança a preencher os espaços. Hunt solicitou uma regra de 30 minutos, pela qual qualquer pessoa que não ocupe sua cadeira meia hora após o início da competição terá seu ingresso revendido.