Rio usa evento como argumento político

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Por Agencia Estado
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A multidão de 1 milhão e 380 mil pessoas que acompanhou nas ruas e no Aterro do Flamengo o revezamento da Tocha Olímpica no Rio reforçou os argumentos políticos brasileiros quanto a saída da cidade da disputa pela sede dos Jogos Olímpicos de 2012. Durante todo o dia, autoridades comemoraram o sucesso do evento e frisaram que o País possui potencial para organizar a Olimpíada. "Podemos não ter saneamento e transporte, mas temos do ponto de visto humano o que nenhum outro país tem", destacou o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz. "Temos que solucionar alguns problemas, vamos resolvê-los e temos vontade para isso." O ministro enfatizou que o Brasil tem condições de ser a sede dos Jogos e disse esperar que a passagem da Tocha pelo Rio ajude a melhorar a imagem do País perante o Comitê Olímpico Internacional (COI). De acordo com Agnelo Queiroz, pelo menos todos os setores da sociedade brasileira já se conscientizaram de que o esporte é de fundamental importância para o desenvolvimento econômico e humano. Outro que fez coro às potencialidades do Brasil foi o prefeito do Rio, Cesar Maia. Mas, diante do fracasso da candidatura carioca aos Jogos de 2012, já previu, inclusive, outras derrotas. "Parece que há um sacrifício que tem que ser feito antes de a cidade ser escolhida. Tem que concorrer várias vezes", disse. "Hoje estamos mostrando que podemos fazer. Este dia vai ficar marcado nos nossos corações e na história do nosso País." E, a princípio, a mobilização popular e a organização do País impressionaram os responsáveis pelo revezamento da Tocha Olímpica: o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Atenas (Athoc). Diretor mundial da corrida de revezamento, Steve McCarthy, não resistiu e repetiu a tradicional declaração de estrangeiros que passam pelo Rio ao afirmar que seu "coração é brasileiro". "Estou extasiado. É a melhor participação popular que eu já vi. Meu coração é brasileiro. Você vê nos olhos das pessoas nas ruas uma emoção que contagia", afirmou McCarthy, que, em seguida, minimizou o atraso de cerca de uma hora no término do evento, encerrado às 18h05. "Não posso reclamar de forma alguma do ritmo lento dos condutores. Com esse povo vibrando nas ruas, uma paisagem que tem de um lado o Corcovado e de outro o Pão de Açúcar, os condutores acabam se emocionando e perdendo o ritmo."

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