O futebol é apenas pano de fundo da vida desse suicida/jogador. Essa é sua profissão embora ele não a leve a sério. O dinheiro vem fácil e mais fácil vai embora. Sua vida é igual à vida de tantos outros suicidas espalhados pelo mundo. Ocorre que Adriano é nosso personagem. É personagem no mundo do futebol, do Brasil, da Itália, ou de onde ele for jogar - se é que volta a jogar um dia e não porque não tenha clubes interessados, mas porque talvez ele não queira mais.
Hoje, aos 29 anos, o grande atacante é visto com receio por qualquer treinador. O próprio Vanderlei Luxemburgo, que adora trabalhar com medalhões, torceu o nariz ao pensar na possbilidade de ele voltar ao Ninho do Urubu. Adriano é caro e sua presença no grupo pode provocar ciumeira sobretudo pela vida que ele leva. Falta em treinos, invade madrugada em festas, coloca a instituição em risco.
Pena que tenha sido assim nos últimos anos. Garrincha também bebia feito um condenado. Bebeu até morrer. Era outro suicida que não conseguia se controlar. Adriano anda pelo mesmo caminho.
Os mais compreensivos vão concordar comigo. Os menos vão dizer que Adriano joga na lata do lixo uma vida que muitos, mas muitos mesmo, queriam ter. E vão dizer também que sempre aparece alguém disposto a dar mais uma chance. O fato é que não há como antever os passos dos suicidas. Pobre menino desorientado.