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Brasil estaria na repescagem pelas regras antigas das Eliminatórias e pode descer contra a Argentina

Quinta colocação após cinco partidas deixa time de Diniz em alerta: brasileiro tem de agradecer às mudanças da Fifa com Copas de 48 seleções

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Por Robson Morelli
Atualização:
3 min de leitura

O aumento de seleções na próxima Copa do Mundo deixa o torcedor brasileiro mais tranquilo, quase aliviado em relação à classificação da seleção e para que não aconteça com o Brasil o que aconteceu com a Itália, que ficou fora das duas últimas Copas. O Mundial com 48 seleções fez aumentar o número de classificados para 2026 na América do Sul, de quatro vagas diretas e mais uma na repescagem para seis diretas e mais uma para a repescagem. Ufa!.

Então, como todos já sabem, das dez seleções da Conmebol, apenas três ficarão fora diretamente do Mundial e um quarto time vai disputar jogos extras para tentar se classificar. Por ora, o Brasil está garantido. Mas se fosse pelas regras passadas, a equipe nacional estaria na repescagem.

O Brasil já teve preocupações maiores com as Eliminatórias, não é um problema novo, portanto, mas na maioria das vezes sempre se deu bem na disputa, sem sobressaltos, entre primeiro ou segundo colocado. Quando começou a competição para o Mundial de 2026, o discurso mais comum era que o Brasil não corria risco diante de seus rivais sul-americanos mesmo sem treinador definido - começou com Ramon e agora tem Diniz.

Brasil ocupa a quinta colocação das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 após cinco rodadas Foto: Juan Barreto / AFP

Mas se o torneio fosse mantido nos moldes da última Copa, a do Catar, o time de Diniz, após cinco rodadas, estaria com a corda no pescoço e sabendo que a situação poderia piorar porque o próximo rival é a Argentina, campeã do mundo e que tem em Messi sua principal estrela. Ou seja, o Brasil pode descer degrau.

A classificação do Brasil após a derrota para a Colômbia é quinto lugar, com 7 pontos. O time está atrás de Argentina (12), Uruguai (10), Colômbia (9) e Venezuela (8). Até a Venezuela está à frente do Brasil. Com Soteldo, a equipe vem jogando bem. E olha que só empatou com o Equador nesta rodada. Ou seja, poderia ter mais pontos.

Diniz e os jogadores brasileiros, que não são ruins, mas ainda não entenderam o jogo do novo treinador durante os 90 minutos, podem encerrar o ano ainda mais para baixo na tabela, em sétimo lugar, portanto, naquela condição de disputar a repescagem. O Brasil nunca deixou de disputar um Mundial e ganhou cinco deles. É penta! Mas a condição atual é vexatória.

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Para o time descer ao inferno, depende de algumas combinações na rodada da próxima terça-feira. Se ganhar da Argentina, sobe, mas se perder, vai manter os 7 pontos e torcer contra alguns rivais. Equador, Paraguai e Chile têm 5 pontos cada. Se eles vencerem seus compromissos, passam o Brasil. O Paraguai recebe a Colômbia no Defensores del Chaco, em Assunção. A sorte de Diniz é que Equador e Chile se enfrentam. Quem ganhar também passa o Brasil. Então, o Brasil perderia duas posições. Se tiver empate, eles chegam a seis pontos e se posicionam atrás da seleção brasileira.

É cedo para fazer essas contas? Sim, mas do jeito que a coisa vai, é preciso começar a se preocupar. O Brasil não vence há três rodadas, com duas derrotas seguidas e um empate. Tem Messi pela frente e depois só voltará a jogar em setembro. Depois desse jogo com a Argentina, as Eliminatórias darão um tempo até setembro, quando, segundo a CBF, o time será comandado por Carlo Ancelotti, que terá de correr para se adaptar e montar um time melhor, que jogue bem durante os 90 minutos e, principalmente, ganhe seus jogos, o que Diniz não vem conseguindo.

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