A situação não está fácil para ninguém. Nem mesmo para clubes tradicionais do futebol de São Paulo, como o Paulista de Jundiaí, que já teve força no Estadual e em competições nacionais. O marketing do clube fez campanha para a entrada de torcedores no Jayme Cintra recentemente trocando o ingresso na bilheteria pela doação de alimentos não perecíveis, que normalmente são doados para alguma instituição de caridade da cidade. Só que desta vez não. Os alimentos arrecadados foram direto para a cozinha do próprio clube, onde se alimentam jogadores do time principal e das bases.
A iniciativa foi orquestrada pelos profissionais de marketing do clube, na intenção de resolver um dos clubes do Paulista, a falta de dinheiro. O clube também enfrentou dissabores com sua torcida ao aumentar o valor dos ingressos de R$ 20 para R$ 30. Na partida contra o Independente, teve de baixar para R$ 10. Foi quando houve a promoção dos alimentos.
Em campo, o time deixou a desejar ao ser rebaixado para a Série A3 do Estadual. Pior. Dois dias depois da queda, a diretoria desmontou a equipe e dispensou jogadores. Apenas as categorias de base continuam em atividade. O Paulista de Jundiaí agora espera convite para disputar a Copa Paulista, organizada pela FPF, no segundo semestre. Se o convite não acontecer, o clube não terá programação oficial no futebol profissional até o fim do ano.
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