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São Paulo vence, mas não sobe

Equipe volta a triunfar fora de casa ao fazer 3 a 1 no Ipatinga, mas continua em 5º, pois rivais também ganham

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Por Redação
Atualização:

O São Paulo fez a sua parte. Venceu ontem, fora de casa, o Ipatinga, um dos mais fracos times do Campeonato Brasileiro, por 3 a 1. Mas continua em quinto lugar no Campeonato Brasileiro. Com 49 pontos, não alcançou o G-4 porque Cruzeiro e Flamengo, que estão na sua frente pelo número de vitórias, também ganharam - e Palmeiras e Grêmio, que têm 53, também. Ainda com esperança de conquistar o tricampeonato ou pelo menos garantir vaga para disputar em 2009 mais uma vez a Taça Libertadores - o que é considerado obrigação no Morumbi -, o São Paulo está consciente de que não tem mais direito de perder pontos para equipes fracas, mesmo jogando fora de casa. Essa pressão preocupava o elenco antes da partida em Ipatinga, por dois motivos principais: o Tricolor não vencia jogando no campo do adversário desde que fez 3 a 1 no Vitória, no Barradão, em 16 de julho, e o time mineiro, nos últimos cinco jogos no Ipatingão, havia obtido quatro vitórias e um empate. Diante de tal situação, o que interessava ontem ao São Paulo era ganhar, mesmo que o futebol apresentado não fosse lá essas coisas. E foi o que aconteceu. A equipe paulista esteve longe de realizar boa partida. Em vários momentos deu espaço para o Ipatinga, time desesperado pela difícil situação em que se encontra, na zona do rebaixamento. O meio-de-campo tricolor com três volantes esteve confuso na marcação. Hernanes e Jean, pelo menos, tentaram colaborar na organização das jogadas. O técnico Muricy Ramalho defendeu o "povoamento?? do meio e aprovou o desempenho da equipe: "É preciso estudar o adversário antes de armar o time. O Ipatinga joga com muita gente no meio-de-campo e não podíamos levar desvantagem no setor??, justificou. "O time se posicionou muito bem e soube controlar a partida.?? Muricy tem razão nesse ponto. Apesar de atacado em alguns momentos, o São Paulo sempre teve o controle do jogo. Saiu na frente aos 4 minutos, com um gol de Jean, que, na marca dó pênalti, emendou de primeira bola lançada por Borges. Levou o gol de empate aos 15 minutos, quando Adeílson cobrou pênalti infantil cometido pelo próprio Jean (colocou a mão na bola na área, num lance em que não havia perigo algum), mas depois disso, a rigor não correu grandes riscos. O segundo gol do time paulista, marcado por Rodrigo aos 39 minutos do primeiro tempo em cobrança de falta - a bola, chutada rasteira, quicou várias vezes no gramado irregular, mas o goleiro Fernando colaborou ao pular atrasado -, mudaria o "panorama?? da partida na etapa final. Bom para o São Paulo. Sob pressão de ter de vencer, Márcio Bittencourt, o técnico do Ipatinga (27 pontos em 17º lugar), quis tornar seu time mais ofensivo trocando jogadores com características mais defensivas por outros mais agressivos. Mas o time passou a atacar atabalhoadamente, poucas vezes com perigo real para o goleiro Bosco, e cedeu generoso espaço para os são-paulinos. Ainda assim, a vitória só foi de fato garantida aos 33 minutos. Pênalti a favor do São Paulo, de Henrique em Hernanes. Jorge Wagner cobrou rasteiro e fez 3 a 1. Na quinta-feira, o jogo é no Morumbi, contra outro ameaçado de cair, o Náutico. E pode não ter Rodrigo, que se contundiu ontem. Deixou o campo na etapa final queixando-se de dor na coxa esquerda.

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