Ex-preparador de Sinner responsabiliza fisioterapeuta por massagem em caso de doping; entenda

Tenista número 1 do mundo foi suspenso por três meses no início de fevereiro e retorno às quadras está previsto para o Masters 1000 de Roma, em maio

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Atualização:

Umberto Ferrara, antigo preparador físico de Jannik Sinner, negou esta quinta-feira perante a imprensa italiana qualquer responsabilidade no caso de doping que custou ao número 1 do tênis mundial uma suspensão de três meses, e apontou Giacomo Naldi, antigo fisioterapeuta do italiano, como culpado.

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Sinner testou positvo para clostebol, um anabolizante, em março de 2024 durante o Masters 1000 de Indian Wells. À época, argumentou que a contaminação se deu de forma acidental, por meio de uma massagem que recebeu das mãos de um membro de sua equipe.

Sobre o spray que o incrimina, Ferrara explicou à Gazzetta dello Sport na sua primeira declaração pública: “Há anos que o utilizo porque me foi indicado por um médico especialista para tratar uma patologia crônica”.

Nº 1 do tênis, Sinner perde pontos no ranking e premiação de torneio em caso de doping Foto: Divulgação/X @Janniksin

“Tinha perfeita consciência da proibição e mantive-a sempre guardada com o maior cuidado, na minha bolsa de higiene pessoal”, continuou.

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“Não dei para o Naldi, sugeri que ele usasse para curar um corte que não cicatrizava e que dificultava seu trabalho. Fui muito claro ao comunicar a ele a natureza daquele produto e a necessidade dele não entrar em contato com Jannik em hipótese alguma. Na verdade, autorizei seu uso apenas no meu banheiro pessoal. Naldi não negou ter sido informado, mas disse que não se lembra”, insistiu Ferrara.

O preparador físico afirma não ter “absolutamente” ideia de que Naldi havia tratado Sinner sem luvas ou sem ter lavado as mãos após usar o spray.

“Olhando para trás, é fácil dizer que não faria a mesma coisa novamente. Certamente não confiaria no comportamento dos outros”, sublinhou Ferrara que, tal como Naldi, deixou de trabalhar para Sinner em agosto passado, e que atualmente faz parte da equipe de Matteo Berrettini, 27º do mundo.

A Agência Internacional para a Integridade do Tênis (ITIA) não impôs inicialmente qualquer suspensão a Sinner. Mas a Agência Mundial Antidopagem (WADA) recorreu, expondo o italiano a uma suspensão de um a dois anos, antes de as duas partes chegarem a um acordo em 15 de fevereiro, que foi criticado por numerosos tenistas e especialistas.

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De 9 de fevereiro a 4 de maio, Sinner cumpre suspensão de três meses. Seu retorno às competições está previsto para o Masters 1000 de Roma (7 a 18 de maio).