Guga e Mello em quadra nesta quinta

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Por Agencia Estado
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A atmosfera de um Grand Slam, com forte apelo da torcida e motivação sempre muito especial, podem ajudar Gustavo Kuerten a cancelar sua carteirinha de freguês do espanhol Tommy Robredo, em jogo pela segunda rodada do US Open, nesta quinta-feira. O tenista brasileiro perdeu seus últimos três encontros e ganhou apenas um jogo desde 2001, quando Guga era o líder do ranking mundial. O dia em Flushing Meadows terá ainda Ricardo Mello em um grande desafio diante do bom sacador Tomas Berdych, da República Checa. "Acho que vou ter outro bom teste diante de Robredo", disse Guga, que treinou nesta quarta sob o sol do meio dia em Nova York. "É um jogador que está entre os 20 e vou ter que começar a partida da mesma forma que fiz com o Goldstein, com intensidade e agressividade". Em outros tempos, Guga esfregava as mãos quando via que teria pela frente um adversário espanhol. Passava por todos, sem perdão. Basta lembrar o show que deu em Llerida, em plena Copa Davis, com toda torcida espanhola tendo de dançar ao ritmo de Guga. Agora, a situação é bem diferente. Luta para recuperar-se e não só perdeu recentemente duas vezes para Robredo, como em uma delas tomou um pneu, ou seja, tomou um 6 a 0. Na verdade, depois de ter vencido Robredo em Stuttgart/2001, por 6/4 e 6/1, Guga sempre enfrentou o espanhol sem boas condições físicas. A primeira derrota veio em Roland Garros/2003, por 6/4, 1/6, 7/6 e 6/4, num jogo em que Robredo percebeu que o brasileiro já não podia correr mais e usou e abusou das curtinhas. As outras duas derrotas vieram recentemente, ainda este ano, no Masters Series de Hamburgo por 6/3 e 6/0, e depois em Umag, com o brasileiro já um pouco melhor, perdendo por 6/4 e 6/4. "Se o Guga sempre gostou de enfrentar espanhóis, acho que vai continuar gostando", contou, com certo sorriso irônico, seu treinador, o argentino Hernán Gumy. "Desde quarta-feira passada, quando chegamos, o Guga vem treinando bem e, por isso, não foi de todo surpresa a sua boa atuação na estréia contra o Goldstein". Gumy confessa que o "espírito de campeão?, características de jogadores como Guga, pode fazer a diferença em competições como o US Open. Além disso, o treinador buscou um lado mais racional para justificar estas novas esperanças. "O período em que estivemos em São Paulo, quando o Guga usou um equipamento para fortalecer a perna, foi muito importante", contou o técnico. Também em ação nesta quinta, Ricardo Mello vai usar de uma tática para superar o checo Tomas Berdych. Quer controlar o jogo com bolas altas de fundo de quadra e torce para dar um pouco de sorte na hora da devolução do saque. "Se conseguir pegar bem o seu serviço, colocar a bola no fundo, sinto que tenho melhores chances", disse. "Fiquei muito motivado e confiante com minha vitória na estréia".

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