Tiros, barras de ferro, pedras: barbárie

Como resultado da batalha campal, um torcedor morto a pancadas

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Por Redação
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O futebol brasileiro viveu mais um capítulo de terror na noite de quarta-feira, durante o duelo entre Corinthians e Vasco pela semifinal da Copa do Brasil. A caminho do Estádio do Pacaembu, 13 ônibus, com cerca de 450 torcedores do Vasco, chegavam do Rio pela Rodovia Presidente Dutra. Na altura de Guarulhos, passaram a ser escoltados por 30 policias militares, que usaram oito motos e duas viaturas. Quando o comboio passava pela Marginal Tietê, na altura da Ponte das Bandeiras (zona norte da Capital), por volta das 21 horas, cruzou com cinco carros e um ônibus com torcedores do Corinthians. De acordo com algumas versões, os corintianos abordaram o último ônibus de vascaínos, mas não contavam que os integrantes dos outros 12 coletivos fossem voltar para a batalha que se formaria a seguir. O conflito foi intenso e terminou com a morte de Clayton Ferreira de Souza, de 27 anos. Tiros e pedaços de pau e ferro foram usados por ambas as torcidas. Os 30 policiais que estavam no local não conseguiram evitar a confusão envolvendo quase 500 torcedores, somados os 450 cariocas e mais os do time paulista que se confrontaram . Os motivos para a atitude dos corintianos não ficou claro. O promotor Paulo Castilho, responsável pela segurança em estádios da Capital, chegou a dizer que seria um revide pela morte de um corintiano no jogo do Rio. No entanto, o próprio promotor não soube dar detalhes deste fato, que jamais foi divulgado pela imprensa. Paulo Castilho disse também que sabia na véspera de uma emboscada que estaria sendo preparada pelos corintianos no caso de os palmeirenses se unirem para acompanhar os vascaínos até estádio, motivo que teria levado o promotor a pedir escolta da PM. No entanto, o problema ocorreu bem antes do encontro entre vascaínos e palmeirenses, ainda na chegada dos ônibus a São Paulo. A escolta da PM também não se mostrou eficaz para evitar o conflito. Para fechar o cenário de horror da noite de quarta-feira, os corintianos que estavam no Pacaembu, ao saberem da morte do torcedor, resolveram queimar, ao final da partida, um ônibus que havia trazido os vascaínos até o estádio.

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