A largada da etapa brasileira da Fórmula Indy será, ao mesmo tempo, o início da temporada da categoria e o fim de uma corrida de 110 dias dos organizadores para concluir todos os preparativos a tempo. E nem sequer todo período pôde ser exatamente produtivo se for levado em conta o fato de que as obras foram parcialmente afetadas pelas comemorações do fim de ano e, principalmente, do carnaval.A realização de uma corrida de rua em São Paulo mostrou-se um desafio em todos os aspectos. Seria possível fazer um evento passando por uma via que, quando interrompida, é capaz de levar a cidade ao caos? Haveria tempo de preparar a área do Sambódromo, só liberada para os trabalhadores depois do carnaval, para receber o público do automobilismo e os pilotos? Seria viável criar um traçado competitivo e ao mesmo tempo seguro para os pilotos e público? O tempo seria suficiente para organizar um trabalho coordenado e eficiente de setores como segurança, orientação do trânsito e obras? As respostas serão conhecidas hoje.Dúvidas. "Entregar a pista no tempo certo foi praticamente um milagre. Eu mesmo pensei que não fosse dar certo", admitiu o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Cleyton Pinteiro. "O principal desafio foi fazer a cidade acreditar que seria possível fazer a obra em praticamente três meses", revelou o prefeito Gilberto Kassab, que pretende, com a iniciativa, consolidar São Paulo como a "capital brasileira do automobilismo", uma vez que a cidade já possui outro evento top do automobilismo internacional, a Fórmula 1. Para que sua iniciativa não fique somente em uma corrida isolada, o esforço com os organizadores da Indy é para manter o evento na cidade pelos próximos cinco anos.