Trabalhores protestam contra exploração

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê Olímpico Internacional (COI) se negou a receber em Atenas um abaixo-assinado com mais de 500 mil assinaturas contra os abusos nas fábricas de roupas esportivas. A denúncia foi feita nesta terça-feira por integrantes da ONG ?Jogue Limpo nas Olimpíadas.? ?O COI reconhece que as práticas trabalhistas injustas são contrárias ao espírito olímpico, mas não considera que este seja um assunto seu e, portanto, nada pode fazer para solucionar o problema?, disse Esther de Haan, membro da ?Campanha Roupa Limpa?, uma das três organizações que lideram o movimento. Entre os que assinaram o documento estão o ciclista espanhol Miguel Induráin e a campeã européia de nado sincronizado, Gemma Mengual. Nesta terça-feira, num ato simbólico realizado na terraça de um hotel no centro de Atenas, com a Acrópole ao fundo, 17 mulheres com máscaras brancas cobrindo o rosto se sentaram para trabalhar em máquinas de costura. Segundo denúncias, nas fábricas da América Latina, da Ásia e do Leste Europeu, os operários, em sua maioria mulheres, recebem baixos salários, não recebem hora extra, carecem do direito de organização sindical e sofrem abusos sexuais e verbais. Empresas como Nike, Adidas, Reebok e Puma já teriam respondido a propostas da campanha, reconhecendo a importância dos seus fornecedores de respeitar os direitos trabalhistas. A maioria das médias e pequenas fábricas, porém, ignoram o problema.

Comentários

Os comentários são exclusivos para cadastrados.