Super Rugby pode ter tempero argentino

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Por brunoromano
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 Foto: Estadão

 

Com o início da competição mais emocionante do rugby bem próximo as especulações aumentam, e um estrangeiro pode aparecer no time dos Blues para a disputa do Super XV. Também conhecido como Super Rugby, o torneio reúne os 15 melhores times do hemisfério sul, sendo cinco de cada potência mundial: África do Sul, Nova Zelândia e Austrália.

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Os times sul-africanos já estão acostumados a destaques internacionais. É o caso do francês Frédéric Michalak e do inglês Danny Cipriani, que agora passaram a defender o Melbourne Rebels, da Austrália. Por outro lado, já faz um bom tempo que não aparece um talento de fora do país em um clube neozelandês.

Uma das razões é que, para jogar na seleção nacional (os All Blacks), um jogador tem de atuar dentro do país, o que torna muito competitiva a disputa pelos poucos contratos profissionais disponíveis. A outra é o próprio sistema: uma regra que, apesar de não formalizada, prioriza jovens crias locais a atletas do outro lado do oceano.

Mas o Rugby Championship trouxe uma nova visão sobre o tema, com o nome do argentino Juan Martín Hernández vindo a tona. O camisa 10 do clube francês Racing Club teve seu nome ligado a franquia dos Blues, principal equipe de Auckland.

Mesmo que a França seja o destino preferido de atletas da América do Sul, a chance de jogar no hemisfério sul pode deixar a vida mais fácil para uma convocação de seleção. Com isso tudo isto dito, vamos a dois fatos:

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Os salários de um jogador do Super Rugby na Nova Zelândia são menores do que na Europa. Além disso, a cultura europeia, especialmente a francesa, é mais fácil de se adaptar do que a da Nova Zelândia, África ou Austrália.

Analisando de uma perspectiva puramente neozelandesa, prefiro ver um talento local vestindo uma camisa de Super Rugby do que alguém que chegue para jogar um ano e, na temporada seguinte, comece a procurar um melhor salário.

Hernández é um jogador completo. Tem técnica apurada de passe, chute e muita visão de jogo. Costuma aparecer em partidas decisivas e só perdeu o último Mundial por uma contusão. Pode jogar muito bem de abertura ou fullback, sendo do tipo de jogador (assim como Jonny Wilkinson) que não só é decisivo no ataque, como também aparece muito bem na defesa - geralmente contra terceiras-linhas muito maiores do que ele.

Por isso, também tenho certeza de que o público e os fãs dos Blues adorariam ter um jogador de seleção argentina, levando ao clube toda sua experiência internacional e sua habilidade para um elenco que já é extremamente talentoso.

 

 Foto: Estadão
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