Valdivia decide ficar no Palmeiras

Após conversa com Barcos e Román, meia decidiu que fica no Brasil para jogar a Libertadores

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SÃO PAULO - Valdivia está disposto a permanecer no Palmeiras para disputar a Copa Libertadores de 2013 - só uma grande reviravolta impedirá isso. Caso o chileno permaneça, a torcida e o técnico Luiz Felipe Scolari terão de agradecer muito ao argentino Hernán Barcos e ao paraguaio Adalberto Román. A dupla é quem mais conversa com o jogador para tentar convencê-lo a ficar no clube. Desde que chegaram ao clube, no início do ano, os dois jogadores se tornaram amigos de Valdivia. A língua, as dificuldades de um estrangeiro em um novo País, dentre outras coisas, serviram para aproximar o trio. Após o sequestro sofrido pelo chileno e sua esposa, foram Barcos e Román quem convenceram o meia de que ficar é o melhor para a sua carreira. Deixar o Palmeiras para ir jogar no Colo-Colo ou em alguma equipe do Oriente Médio não lhe daria tanta visibilidade quanto disputar a Copa Libertadores pelo time alviverde.Além da campanha dos dois amigos, outros fatores fizeram o chileno mudar de ideia e aceitar permanecer no Brasil. A principal delas é a mudança radical de comportamento da diretoria, comissão técnica e torcida após ter sofrido o sequestro. O presidente Arnaldo Tirone tinha interesse em negociá-lo para tentar recuperar o dinheiro gasto em sua contratação. Já Felipão nunca morreu de amores pelo jogador e chegou a cobrá-lo publicamente. Pelo excesso de lesões e sequência ruim de atuações, até uma parte da torcida passou a pegar no pé do chileno.Mas a reação após o caso de violência que sofreu o surpreendeu. A direção deu total apoio e lhe deu folga para ficar com a família. Já Felipão fez questão de ligar pessoalmente ao meia para saber como ele estava, se precisava de alguma coisa e também deixar claro que não tinha pressa em contar com ele novamente. No primeiro jogo contra o Coritiba, Valdivia marcou um gol de pênalti e foi festejado por todos os jogadores, o que fez ele sentir o carinho também dos companheiros.Entre os torcedores, um apoio maciço. Várias campanhas foram lançadas pelos palmeirenses na internet pedindo para que o chileno ficasse no clube. Prova de que o jogador ficou surpreso com o carinho dos torcedores foi sua reação após o título. "Eu só saio se os torcedores me mandarem embora. Aqui é minha casa."Pressão da mulher. Tanto apoio fez o chileno mudar de ideia e o "dia do fico" só depende dele conversar com a esposa, que foi para o Chile e não quer mais voltar. Ela ficou com medo, mas Valdivia tenta convencê-la a voltar para o Brasil pelo menos até o fim da Libertadores, quando ele poderá deixar o clube.

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