Alonso admite que não dá para vencer

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Por Agencia Estado
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O líder do Mundial, Fernando Alonso, da Renault, assumiu nesta quinta-feira, em Monza, onde nesta sexta começam os treinos livres do GP da Itália: "Não acredito que possamos vencer a corrida, domingo. O pódio seria bom para manter nossa boa situação no campeonato." Diante das duas vitórias seguidas de Kimi Raikkonen, da McLaren, no campeonato, Hungria e Turquia, e do resultado dos testes em Monza, semana passada, Alonso afirmou: "Não há como esconder, a McLaren deverá ser a mais veloz nos 5 circuitos que restam para o fim da temporada." Depois de quatro dias de treinos particulares em Monza, de terça-feira a sexta-feira da semana passada, Juan Pablo Montoya, companheiro de Raikkonen, registrou o melhor tempo dentre os 32 pilotos que testaram seus carros, com 1min19s813, na quinta-feira. Raikkonen fez o segundo tempo no geral, 1min20s082, e Alonso o terceiro, 1min20s251, ambos no mesmo dia do colombiano. "Não temo a hipótese de perder o título para Raikkonen na reta final", disse Alonso, agora em entrevista para o diário esportivo italiano Gazzetta dello Sport. "Se eu for campeão, ótimo para mim, pois será uma conquista mesmo sem dispor do equipamento mais rápido. E é bom lembrar que a diferença de 24 pontos que tenho (95 a 71), restando cinco etapas, é muito boa." Alonso repassou para o seu adversário a maior parte da responsabilidade: "Se Kimi vencer (for campeão), será o que se espera dele com o carro que dispõe." Alonso admitiu, a seguir, que em razão das características de Monza, Raikkonen não passeará na pista. "Aqui conta muito a eficiência nas frenagens e a capacidade de tracionar, penso que reduziremos um pouco a vantagem da McLaren." Para o espanhol da Renault tornar-se o mais jovem campeão do mundo da história, 24 anos, basta classificar-se 2 vezes na 3.ª colocação e 3 em 4.º lugar para garantir a conquista, mesmo que o finlandês da McLaren vença todas as cinco provas daqui para a frente. Alonso somaria 27 pontos aos 95 que possui, chegando a 122, enquanto Raikkonen acrescentaria 50 aos seus atuais 71 e atingiria 121. Michael Schumacher não poderia ter sido mais claro, nesta quinta, na entrevista coletiva em Monza: "Nossa única chance de vitória é se chover". A Bridgestone, fornecedora de pneus da Ferrari, não tem sido tão eficiente como nos anos anteriores. A Michelin, marca usada pela Renault e McLaren, por exemplo, está vencendo fácil a disputa este ano. Mas, no asfalto molhado, supõe-se que os japoneses ainda estejam na frente da Michelin, daí Schumacher citar o fato. A última corrida com piso molhado foi o GP Brasil do ano passado, na voltas iniciais apenas. Deu Juan Pablo Montoya, da Williams, time da Michelin. Outro jornal engrossou a lista de publicações que dão como certa a transferência do gênio das motos, Valentino Rossi, para a Fórmula 1. E para a Ferrari. A edição desta quinta-feira do Corriere della Sera também dá o negócio como certo a partir de 2007, quando Rossi não mais terá contrato com a Yamaha, sua atual equipe no Mundial de MotoGP. Antes do Corriere della Sera, o Bild, alemão, e o La Reppublica, da Itália, já haviam noticiado o fato. Jean Todt, diretor geral da Ferrari, comentou: "Rossi impressionou nossos técnicos nos testes que realizou conosco (em Fiorano). Ele tem um imenso talento natural". Não há quem acredite na Fórmula 1, contudo, que Rossi já possa ter um contrato com a Ferrari sem nunca ter disputado uma única corrida de automóveis sequer. O risco de um acidente sério com um mito das pistas, pela falta de experiência com veículos de quatro rodas, colocaria a Ferrari em situação difícil.

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