Edson Arantes do Nascimento, Pelé, confessou que ficou assustado com a atitude da Ferrari, determinando que Rubinho Barichello deixasse Michael Schumacher ultrapassá-lo na chegada do GP da Áustria. "Assusta porque foi um absurdo o que aconteceu; foi uma coisa combinada com a equipe, mas poderia ter sido feita de outra maneira", disse ele hoje em Santos, onde discutiu com o prefeito Beto Mansur a instalação do Museu Pelé na cidade. Para ele, foi um ato anti-esportivo. "O meu amigo Schumacher deveria ter ficado atrás, não deveria obedecer", comentou. Essa seria sua atitude se estivesse na condição do piloto alemão. "Não faria aquilo de jeito nenhum; é a mesma coisa que alguém chegar num jogo em que o time está para cair e mandar chutar um pênalti fora". Pelé entende que, "da maneira com que foi feita a coisa, compromete a credibilidade da organização e a idoneidade da própria corrida". Ainda teve tempo de brincar, quando os repórteres perguntaram se ele estivesse lá teria dado a bandeirada para Rubinho. Bem humorado, o rei respondeu: "é, já tinham feito a brincadeira de que estava esperando o Rubinho passar para dar a bandeirada em Interlagos...".
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