A Michelin confirmou nesta sexta-feira, através de comunicado, que notificou a FIA sobre eventuais irregularidades nos pneus Bridgestone, denunciada à empresa pelas suas equipes, Williams, McLaren, Renault, Jaguar e Toyota. Os japoneses, por sua vez, também confirmaram que a FIA está analisando um jogo de pneus usado pela Ferrari no GP da Itália, vencido por Michael Schumacher. Depois de a Ferrari protestar contra a Michelin, em seguida ao GP da Hungria, alegando que os pneus franceses dianteiros excediam, quando usados, o limite máximo de largura de 270 mm, agora seus concorrentes tentam dar o troco. São duas as suspeitas dos times da Michelin, detectadas a partir da diferença muito irregular entre o desgaste dos pneus dianteiros e traseiros da Ferrari em Monza. A primeira, já manifestada pelo diretor da Michelin, Pierre Dupasquier, diz respeito à simetria dos sulcos, e a outra é que a Bridgestone poderia estar confeccionando pneus dianteiros e traseiros com compostos distintos de borracha, o que é proibido pelo regulamento, de acordo com o artigo 76B do Código Desportivo da FIA. Jean Todt, diretor-esportivo da Ferrari, afirmou pouco antes da prova de Monza que tem até 30 de novembro para protestar ou não contra os resultados passados ao GP da Itália, corridas em que as equipes da Michelin teriam utilizado os pneus irregulares. A iniciativa da Williams, McLaren, Renault, Jaguar e Toyota parece ser a de criar uma ameaça semelhante às muitas vitórias da Ferrari, única escuderia de ponta da Bridgestone.