SÃO PAULO - No primeiro momento, Felipe Massa deu risada, acreditando tratar-se de uma piada. Depois, quando viu que a coisa era séria, ficou preocupado.Tratou de ligar para a Ferrari para saber se poderia, nas férias, se expor a risco na pista. Seu desafio: pilotar em Interlagos, pela primeira vez, o carro do Troféu Linea, competição apadrinhada por ele próprio no Brasil, mas com um complemento assustador: seria, depois, passageiro no modelo Linea e eu o "piloto", um jornalista da área automobilística sem experiência prática de pista. E olha que o carro preparado para a corridas, com seu motor turbo de 210 cavalos, chega rápido na freada do S do Senna: 220 km/h.
Contra todas as previsões, a direção da Ferrari concordou com a realização da reportagem durante a etapa do Racing Festival, em São Paulo, semana passada. Há rumores de que tenha aumentado consideravelmente o valor da apólice de seguro do piloto. O Troféu Linea faz parte do Racing Festival e nela competem alguns dos maiores pilotos de turismo do Brasil, com Cacá Bueno, Christian Fittipaldi e Giuliano Losacco. Seria com esse carro que Massa e o jornalista Livio Oricchio, do Grupo Estado, viveriam uma experiência bem pouco comum, com objetivos profundamente distintos.