Nasr fica a 80 centésimos de segundo da vitória na GP2

Piloto da Carlin tentou ultrapassagem na reta dos boxes e terminou a centímetros do vencedor

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Por Redação

BAHREIN, Manama - Poucas vezes na história do automobilismo a diferença do vencedor para o segundo colocado foi tão pequena quanto ontem, na segunda corrida do GP de Bahrein da GP2, a categoria que mais lança pilotos na Fórmula 1.

 

O inglês Sam Bird, da equipe Russian Time, venceu, mas Felipe Nasr, da Carlin, tentou a ultrapassagem na reta dos boxes, na última volta, e a frente do seu Dallara-Renault cruzou a linha de chegada apenas alguns centímetros atrás do carro de Bird.

 

Como na tela do computador aparece apenas uma casa decimal, a dos décimos de segundo, para quem acompanhava a prova também pelo monitor Bird e Nasr passaram no mesmo segundo e no mesmo décimo de segundo. A imagem foi impressionante: 0.0. A cronometragem da corrida, no entanto, registra até milésimos de segundo, e a diferença entre ambos foi de 80 centésimos de segundo.

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"Está perto, uma hora os meus adversários vão ter problemas na largada com eu tive hoje, com o carro na minha frente não se movendo, o que me fez perder algumas colocações, e vou acabar vencendo", disse Nasr, jovem talentoso de Brasília de 20 anos. Antes de a temporada de GP2 começar afirmou em entrevista ao Estado ter aprendido que o segredo da categoria é ser constante, marcar bons pontos sempre. Este é o seu segundo ano.

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E está seguindo o planejado ao pé da letra: em quatro provas disputadas até agora, duas na Malásia e duas em Bahrein, Nasr obteve duas quartas colocações e dois segundos. Soma 48 pontos e está na luta pelo título, seu grande objetivo, este ano, para na próxima temporada estrear na Fórmula 1.

 

O líder do campeonato, com 64 pontos, é o monegasco Stefano Coletti, da Rapax, que no terceiro ano na GP2 realiza muito bom trabalho, com quatro pódios seguidos. Ontem Coletti ficou em terceiro. Nasr o ultrapassou na 21.ª volta de um total de 23. Em segundo na classificação está o suíço Fabio Leimer, da Racing, com 54, apenas nono, ontem, portanto sem pontos. Na primeira corrida, sábado, os dez primeiros marcam pontos enquanto na segunda, aos domingos, apenas os oito primeiros.

 

"O importante é que o carro evoluiu muito da Malásia para cá. Ainda não temos como lutar pela pole position, até porque não entendi o tempo que o Leimer fez sexta-feira, um segundo melhor que todo mundo, a GP2 nunca viu isso. Mas nosso carro é muito bom de corrida", disse Nasr. "A sensação hoje é uma mistura de satisfação, pelo segundo lugar, considerando-se que na largada fui obrigado a perder várias colocações, com frustração, pois se a linha de chegada fosse apenas alguns metros mais à frente eu teria vencido", disse Nasr.

 

A principal característica do brasiliense não é partir para a luta logo de cara. Os pneus da GP2 são também produzidos pela Pirelli e apresentam desempenho semelhante aos da Fórmula 1. "Você tem de saber administrar seu uso senão fica sem pneus facilmente", explica Nasr. A maioria das suas ultrapassagens ocorre nas dez últimas voltas.

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"Mantenho um ritmo forte, lógico, mas expondo os pneus a esforços mínimos, a fim de poder no fim atacar e avançar na classificação."

 

A próxima etapa do campeonato será o GP da Espanha, sempre em duas provas, dias 11 e 12 de maio, no Circuito da Catalunha, em Barcelona, junto da Fórmula 1.

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