A Superliga masculina começa neste sábado com destaque para um time que apesar de novato, demonstrou na edição anterior que não brinca em serviço. O primeiro confronto do principal campeonato de vôlei brasileiro será entre BMG/Montes Claros, atual vice-campeão, e Santo André/Spread, às 19h30, no Ginásio Tancredo Neves. A equipe comandada pelo técnico Talmo de Oliveira é bem diferente daquela que foi para a final com o Cimed, campeão da Superliga. O levantador Rodriguinho e o meio de rede Salsa são os únicos que restaram do grupo titular. Entre as contratações, o destaque é o oposto Rivaldo, que jogava na Itália.No outro confronto, o Soya/Blumenau/Martiplus recebe o time de Volta Redonda no Olympio Club, às 19 horas.O campeonato promete ser de alto nível por conta da qualidade técnica dos jogadores, entre eles grande parte do elenco da seleção brasileira - dos 14 que conquistaram o tricampeonato mundial na Itália em outubro, 11 participarão da 16.ª edição do torneio. Por causa da alta competitividade, o campeonato tem atraído novas equipes. Dos 15 times inscritos, dois são estreantes: o Medley/Campinas e o Londrina/Sercomtel. “Todo mundo quer estar na vitrine”, explica o treinador do time de Londrina, Carlos Augusto de Almeida, conhecido como Chiquita. Com pouco tempo de treinamento, o grupo paranaense sabe que o principal desafio será a falta de ritmo e entrosamento. No entanto, o líbero Alan, principal jogador do grupo, destaca a experiência dos companheiros. “É uma equipe bem rodada. A maioria dos jogadores estava fora do Brasil. Vamos mesclar a experiência com os novatos”, disse durante o lançamento da competição.Enquanto o time de Londrina espera ficar entre os oito, o de Campinas tem metas mais ousadas. “O objetivo é chegar à semifinal”, avisou o técnico Carlos Bizzocchi. Para o meio de rede André Heller, que já atuou pela seleção, é melhor não colocar limites no desempenho do grupo. Não sei até onde podemos chegar, não vejo limites para nós”, comentou.Prós e contras. Os veteranos elogiaram o formato do campeonato, com partidas mais bem distribuídas. “Antes, tínhamos três jogos na semana. Agora até teremos folga no fim do ano, que a gente sempre pedia para a Confederação”, comparou o ponteiro Murilo, do Sesi-SP.O ponto negativo, por sua vez, ainda é a pouca divulgação do campeonato pela mídia. “A competição será super equilibrada. Falta só uma tevê aberta transmitir as partidas”, comentou o líbero Sérgio Escadinha, companheiro de Murilo na equipe paulista.