CBV confirma treinadores até 2004

O presidente da entidade, Ari Graça, garantiu Marco Aurélio na seleção feminina e Bernardinho na masculina nos Jogos de Atenas.

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Por Agencia Estado
Atualização:

O técnico Marco Aurélio Motta, da seleção brasileira feminina de vôlei, já entregou o planejamento para 2002 - ano de Grand Prix e de Mundial. Está confirmado no cargo, pelo presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ari Graça, até a Olimpíada de Atenas, em 2004. "Vôlei não é Futebol, que troca o técnico a cada rodada, o que não resolve nada", afirma o dirigente. Marco Aurélio admite que enfrentou um ano difícil, de muitas críticas, vindas do próprio "mundo do vôlei". Mas não compreende porque os problemas de relacionamento e de contusões, por exemplo, "que sempre existiram em todos os grupos", ganharam dimensão este ano, vindo a público por meio das jogadoras, de clubes e até de ex-atletas. Marco citou Fernanda Venturini. "Ela ficou dez anos na seleção, mas deu declarações agressivas sobre problemas de relacionamento. Acho que fazer um balanço por mim não é justo." O treinador telefonou para a ex-jogadora Ana Moser para comentar o artigo em que ela questiona o excesso de contusões na temporada e comenta que Marco Aurélio, na volta da Copa dos Campeões, do Japão, desembarcou separadamente das atletas, pela segunda vez no ano, sem explicar os fracos resultados do time. "As 12 atletas da seleção se reapresentaram a seus clubes, em setembro, para a SuperCopa dos Campeões, 8 foram às finais e 4 estavam entre as melhores. A Marcelle se machucou seis semanas após voltar da seleção e a Ricarda, cinco semanas depois", comentou, sobre as contusões. Quanto a desembarcar separadamente das atletas, explicou que é uma questão de destino. Todos desembarcam juntos para a coletiva quando o time é campeão. Sucesso - Bernardo Rezende, o Bernardinho, também está confirmado no comando da seleção masculina até 2004. O presidente da CBV disse, inclusive, que o resultado do Mundial, no ano que vem, não será interpretado como "uma escala" no caminho até Atenas. Mas se o trabalho de Bernardinho recebeu aprovação unânime - venceu cinco das seis competições que disputou, incluindo a Liga Mundial, e foi vice em outra - Marco Aurélio enfrentou um ano difícil. A seleção foi quinta no Grand Prix da Ásia, segunda no Sul-Americano, quarta na Copa dos Campeões e venceu a Copa América. "Foi um ano difícil, mas não tão ruim quanto quiseram que parecesse." O treinador disse que o Brasil está em quarto no ranking mundial e venceu seleções como a da Rússia, que não derrotava havia três anos. Disse que o seu trabalho, que começou em abril, é sério, e vai seguir em 2002. "Não tem muita falação não. Valem muito mais as iniciativas". Afirmou que fará "correções naturais" na preparação física e técnica e também na parte tática. "Os problemas existem, mas são menos importantes que o trabalho."

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