SÃO PAULO - De um lado, o Sada/Cruzeiro, um time que não tem limites em suas ambições de conquista: já foi campeão mineiro, da Superliga, sul-americano, mundial. Do outro, o Sesi, um adversário que não tem limites orçamentários. Essas duas equipes decidem hoje, em jogo único no Mineirinho, o título da Superliga 2013/14. A partida começa às 10h e será exibida pela Rede Globo.Depois da eliminação na semifinal da Superliga passada, o Sesi demitiu o técnico Giovane Gávio e foi buscar um treinador com currículo bem recheado: Marcos Pacheco, que tem três títulos da Superliga como técnico e quatro como auxiliar.“O Sesi dispõe de uma estrutura maravilhosa e tenho autonomia de contratação. Trouxemos todos os atletas que pedi”, diz o treinador. Pacheco chegou à conclusão de que precisava de um time grande para poder se equiparar ao RJX (antes de se desmilinguir, no bojo da queda do império X, de Eike Batista) e ao próprio Cruzeiro. E então trouxe logo o jogador mais alto da Superliga, Renan Buiatti (2,17m).Com Renan, que tem sido chamado por Bernardinho para a seleção– fez parte do time vice-campeão da última Liga Mundial e Sidão, também da seleção, o bloqueio do Sesi se transformou numa muralha.“Além de o nosso bloqueio ser alto, a gente estudou bastante o time deles. Vamos ter que jogar além dos nossos 100%, porque o time deles está habituado a finais”, diz Renan, que foi descoberto por um treinador da base quando estava sentado no banco de uma igreja, aos 11 anos de idade. “Ele viu que eu já era bem alto, mesmo sentado. Devia ter mais de 1,80m. Quando ele soube que eu tinha 11 anos e ainda ia crescer muito, me chamou para treinar no Praia Clube (MG)”.Outro reforço buscado por Pacheco Lucarelli, que não tem ascendência italiana. “Meu pai viu um quadro pintado por esse Lucarelli, achou bonito e me batizou com esse nome”, diz o ponteiro, que começou a jogar numa praça, em Contagem, e hoje é considerado uma das principais peças da seleção.Do outro lado, as figuras conhecidas do Cruzeiro renovam suas credenciais. O levantador William foi o melhor de sua posição nas últimas três edições da Superliga, e neste ano novamente é o melhor nessas estatísticas na competição em curso.Já o oposto Wallace, não satisfeito em ser o maior pontuador da Superliga, começou a defender melhor e já aparece entre os dez melhores no fundamento.“O Bernardinho pegava no pé, e os treinos me ajudaram. Quero ficar parecido com o André Nascimento, que atacava, sacava e defendia bem”.