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Diretor-geral da PF não desmentiu existência de plano de golpistas para enforcar Alexandre de Moraes

Publicações descontextualizam declaração de Andrei Rodrigues, que chamou as trocas de mensagens que ameaçavam o ministro de ‘alucinadas’

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Foto do author Gabriel Belic
Atualização:

O que estão compartilhando: que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, diz que história mencionada pelo ministro Alexandre de Moraes sobre enforcamento era mensagem “alucinada” em rede social. Nas postagens, usuários afirmam que Rodrigues desmentiu o magistrado.

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O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Em janeiro deste ano, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro revelaram a existência de três planos contra ele, sendo que um deles envolveria seu enforcamento na Praça dos Três Poderes.

Publicações nas redes sociais descontextualizam uma declaração do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, para afirmar que ele desmentiu Moraes. Na verdade, ele reafirmou a existência dos planos e disse que as propostas de ações foram encontradas em trocas de mensagens por redes sociais. Algumas mensagens, de acordo com o diretor, eram “alucinadas”, como a do enforcamento.

Diretor-geral da PF não desmentiu existência de plano de golpistas para enforcar Alexandre de Moraes Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: em entrevista ao jornal O Globo em janeiro deste ano, Alexandre de Moraes disse que as investigações sobre o 8 de janeiro revelaram a existência de três planos contra ele. Um dos planos consistia em prender Moraes por parte das Forças Especiais do Exército, que o encaminharia para Goiânia. O segundo plano falava em homicídio, enquanto o último elaborava a possibilidade de enforcar Moraes na Praça dos Três Poderes.

No mesmo dia em que a entrevista de Moraes foi publicada, 4 de janeiro, o diretor-geral da PF disse à CNN que propostas de ações foram encontradas em trocas de mensagens via redes sociais. “Encontramos discussões e propostas de ações em trocas de mensagens por redes sociais. Algumas alucinadas, como a do enforcamento”, disse.

Postagens nas redes sociais tiram de contexto a declaração de Rodrigues para fazer parecer que o diretor-geral da PF estivesse desacreditando o que foi dito por Alexandre de Moraes. “Ninguém acreditou nele mesmo”, diz um dos comentários. “Tem que ser punido por espalhar fake news. A lei serve para todos”, alega outro.

No entanto, Andrei classificou a informação como “grave”. Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, o diretor-geral da PF também disse que a corporação tem a possibilidade de identificar os responsáveis pelo plano e que nomes devem ser revelados “em breve”.

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“Isso [os planos contra Moraes] já era de conhecimento, são informações extraídas de trocas de mensagens das apreensões, das prisões, de todo trabalho que está sendo feito e segue em curso. Hoje, o ministro Alexandre tornou público e é uma situação absolutamente grave. As nossas equipes estão debruçadas sobre essa pauta”, afirmou.

Como lidar com postagens do tipo: a postagem aqui analisada tira de contexto uma declaração de uma figura pública para fabricar um conteúdo enganoso. Nestes casos, busque por informações confiáveis sobre o assunto. É possível buscar notícias por meio de palavras-chave no seu buscador de preferência (aqui, a reportagem buscou por “diretor-geral da PF”, “enforcamento” e “alucinadas”).

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