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Estudos com hidroxicloroquina são preliminares; não compartilhe promessas de curas milagrosas do coronavírus

Uso do medicamento não é recomendado pela Anvisa como prevenção ou tratamento; confirmação da eficácia depende de mais testes

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Ainda não foi comprovada a eficácia do uso de hidroxicloroquina e azitromicina no tratamento de pacientes com covid-19. Os resultados dos testes com os medicamentos ainda não conclusivos. As publicações nas redes sociais que afirmam que as drogas associadas conseguem "eliminar o coronavírus em até três dias, inclusive em casos graves" estão descontextualizadas e podem oferecer riscos à saúde, já que a automedicação é perigosa.

Na sexta-feira, 20, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu que remédios com hidroxicloroquina e cloroquina só podem ser comprados com receita médica. "Apesar de alguns resultados promissores, não há nenhuma conclusão sobre o benefício do medicamento no tratamento do novo coronavirus", diz a Anvisa, que não recomenda uso do produto no momento.

Caixa do remedio sulfato de hidroxicloroquina, conhecido como Reuquinol. Foto: Márcio Pinheiro/SESA

 

A decisão teve por objetivo parar a corrida pelo medicamento nas farmácias. Pacientes com doenças reumáticas e autoimunes, que fazem uso da hidroxicloroquina regularmente, relataram dificuldade de achar o remédio em estoque.

Apesar de apresentar resultados promissores em testes com alguns pacientes da covid-19, ainda não há conclusão científica sobre a eficácia da cloroquina no combate ao coronavírus. Como o Estado publicou na quinta-feira, 19, testes feitos por chineses e sul-coreanos tiveram resultados positivos, mas ainda preliminares.

Na França, a hidroxicloroquina foi utilizada em combinação com a azitromicina em seis pacientes. Os resultados também foram encorajadores, mas foram em poucas pessoas. Novamente: a confirmação da eficácia depende de mais testes.

Tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se precipitaram ao alardear o uso da droga como possível solução para a crise do coronavírus.

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Veja outras informações falsas sobre o coronavírus que circulam no WhatsApp.

Este boato foi checado por aparecer entre os principais conteúdos suspeitos que circulam no Facebook. O Estadão Verifica tem acesso a uma lista de postagens potencialmente falsas e a dados sobre sua viralização em razão de uma parceria com a rede social. Quando nossas verificações constatam que uma informação é enganosa, o Facebook reduz o alcance de sua circulação. Usuários da rede social e administradores de páginas recebem notificações se tiverem publicado ou compartilhado postagens marcadas como falsas. Um aviso também é enviado a quem quiser postar um conteúdo que tiver sido sinalizado como inverídico anteriormente.

Um pré-requisito para participar da parceria com o Facebook  é obter certificação da International Fact Checking Network (IFCN), o que, no caso do Estadão Verifica, ocorreu em janeiro de 2019. A associação internacional de verificadores de fatos exige das entidades certificadas que assinem um código de princípios e assumam compromissos em cinco áreas:  apartidarismo e imparcialidade; transparência das fontes; transparência do financiamento e organização; transparência da metodologia; e política de correções aberta e honesta. O comprometimento com essas práticas promove mais equilíbrio e precisão no trabalho.

Versão em espanhol

Texto traduzido pelo LatamChequea, grupo colaborativo que reúne dezenas de fact-checkers da América Latina no combate à desinformação relacionada ao novo coronavírus. 

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Los estudios con hidroxicloroquina son preliminares; no comparta promesas de curas milagrosas del coronavirus

Aún no fue comprobada la eficacia del uso de hidroxicloroquina y azitromicina en el tratamiento de pacientes con Covid-19. Los resultados de las pruebas con los medicamentos todavía no son conclusivos. Las publicaciones en las redes sociales que afirman que las drogas combinadas logran "eliminar el coronavirus en hasta tres días, incluso en casos graves" están descontextualizadas y pueden ofrecer riesgos para la salud, ya que la automedicación es peligrosa.

El viernes 20, la Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria (Anvisa) decidió que remedios con hidroxicloroquina y cloroquina sólo se pueden comprar con receta médica. "Pese a que algunos resultados son prometedores, no hay ninguna conclusión sobre el beneficio del medicamento en el tratamiento del nuevo coronavirus", dice Anvisa que, por el momento, no recomienda el uso del producto.

La decisión tuvo por objeto detener la corrida a las farmacias en busca del medicamento. Pacientes con enfermedades reumáticas y autoinmunes, que hacen uso de la hidroxicloroquina regularmente, relataron la dificultad para encontrar el remedio en stock.

Pese a los resultados prometedores que presentan los tests en algunos pacientes de Covid-19, aún no hay conclusión científica sobre la eficacia de la cloroquina en el combate al coronavirus. Como publicó el Estado el jueves 19, tests realizados por chinos y surcoreanos tuvieron resultados positivos, pero aún preliminares.

En Francia, la hidroxicloroquina se utilizó con la azitromicina en seis pacientes. Los resultados también fueron alentadores, pero fueron en pocas personas. Nuevamente: la confirmación de la eficacia depende de más estudios.

Tanto el presidente Jair Bolsonaro como el presidente de Estados Unidos, Donald Trump, se precipitaron al alardear del uso de la droga como una posible solución para la crisis del coronavirus

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