O que andam compartilhando: que os bancos vão limitar os saques em espécie a partir do segundo semestre deste ano. O limite mensal para pessoas físicas seria de R$ 2 mil e, para pessoas jurídicas, de R$ 5 mil. A notícia teria sido publicada pelo portal de notícias G1.
O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. Nem o G1 nem outro veículo de imprensa profissional publicou notícia sobre limitação de saques. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) desmentiu o boato ao Estadão Verifica e informou que não há qualquer perspectiva de limitação de saques, em nenhum momento do ano.
Em nota, o Banco Central também negou a medida. “Não há regras novas sobre saques com o objetivo de evitar evasão. Existem limitações a valores com transações em espécie, mas elas estão previstas em regras próprias para evitar lavagem de dinheiro, já em vigor”, diz.
Leitores pediram a checagem deste conteúdo por WhatsApp: (11) 97683-7490.

Saiba mais: Na última semana, as redes sociais foram tomadas por debates sobre meios de pagamento, movimentação financeira e imposto de renda. Isso ocorreu após entrar em vigor uma instrução normativa da Receita Federal que aumentou o valor global das transações financeiras que bancos e instituições financeiras devem relatar -- incluindo pagamentos feitos por Pix. O governo federal comunicou que os pagamentos por Pix já eram informados pelos bancos tradicionais, desde 2020, quando a modalidade foi criada (leia aqui). A norma revogada apenas estendia a obrigação de monitoramento a outras instituições, e ampliava o montante mínimo de transações a ser informado.
O Estadão Verifica desmentiu uma série de postagens sobre o tema, incluindo uma que afirmava que o Pix acima de R$ 5 mil seria taxado e outra que dizia que os contribuintes que movimentam mais de R$ 5 mil por mês teriam que pagar 27,5% de IR.
Na onda dessas afirmações enganosas, passou a circular uma imagem com a afirmação falsa de que os bancos iriam limitar saques em espécie no segundo semestre de 2025, com limites de R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 5 mil para pessoas jurídicas. A imagem imita o visual do portal de notícias G1 para dar mais credibilidade ao boato.
No entanto, não há nenhuma reportagem com esse tema no site oficial do G1. Além disso, o nome da autora da reportagem falsa, “Ana Bragança”, não está listado no quadro de profissionais do portal.
Leia também
Como lidar com postagens do tipo: é comum que desinformadores usem a imagem de portais de notícias estabelecidos para dar credibilidade a um boato falso. Antes de acreditar, pesquise no site do veículo de imprensa se a notícia em questão realmente foi publicada.