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Sossego
A lanchonete, point de chegada dos rachas, funcionou com tranquilidade fora do comum Foto: Kenji Honda/Estadão
Racha na Faria Lima
Em maio de 1973, a Avenida Faria Lima se transformou em pista de corrida dos 'Playboys". Na época, os rachas eram comuns na cidade em outras avenidas como 9 de Julho e Morumbi. Veja fotos inéditas feitas por Kenji Honda para as reportagens de Ricardo Vespucci e Percival de Souza. Pesquisa e edição: Carlos Eduardo Entini/Acervo Estadão. Foto: Kenji Honda/Estadão
A pista
As corridas começavam às dez da noite e ia até as duas da madrugada. A partida dos carros era no farol em frente ao Shopping Iguatemi e os eles percorriam três ou quatro quarteirões a frente onde ficava a lanchonete Rick Store Foto: Kenji Honda/Estadão
Público
As corridas atraiam centenas de pessoas Foto: Kenji Honda/Estadão
Fim do sossego
A fórmula carros barulhentos e centenas de pessoas espalhadas pela avenida durante a madrugada acabou com o sossego dos moradores da avenida. Na imagem, carros emparelhados prontos para a largada Foto: Kenji Honda/Estadão
Fiscalização
Apesar da situação absurda e dos diversos apelos dos moradores à polícia e outras autoridades, nada foi feito. Uma das razões da vista grossa dos agentes públicos é que muitos 'corredores' eram filhos de pessoas importantes, como políticos e empresários Foto: Kenji Honda/Estadão
Reportagens
Diante da repercussão o Jornal da Tarde começou a cobrir o assunto. Enviou para a avenida os repórteres Ricardo Vespucci e Percival de Souza e os fotógrafos Kenji Honda e Claudio Pedroso. Na imagem, a primeira reportagem publicada em 27 de agosto Foto: Acervo/Estadão
Carros envenenados
A primeira reportagem mostrou que carros de todos os tipos não param de competir. E muitos deles 'envenenados' e tinham os escapamentos abertos, "os motores parecem estar dentro da sala do apartamento (...) a dona da casa, uma viúva (...) tem que falar alto para ser ouvida", relatou o repórter Ricardo Vespucci Foto: Kenji Honda/Estadão
Motoqueiros
Além dos moradores, os motoqueiros também tiveram a vida afetada. Antes do racha, eles costumavam se reunir em frente à lanchonete Rick Store, "dá saudades daqueles tempos. Porque aqui agora acabou. A gente já tá até pensando numa outra lanchonete para fazer nosso ponto", declarou um motoqueiro nostálgico à reportagem Foto: Kenji Honda/Estad
Patrulha
Na mesma reportagem a o repórter presenciou a presença da polícia, mas vai embora logo em seguida Foto: Kenji Honda/Estadão
Lanchonete
Curiosamente, o sossego na avenida só começava a voltar com o fechamento da lanchonete que se dava quase perto das três da manhã, "a viúva sabe que agora está quase na hora de poder deitar", ressaltou o repórter Foto: Kenji Honda/Estadão
A guerra
Na semana seguinte, a equipe do Jornal da Tarde voltou à Faria Lima. A reportagem de 3 de setembro mostra um clima tenso e uma avenida com mais de mil espectadores Foto: Acervo/
Taxistas x rachadores
Na madrugada, um Opala Bateu num Aero Willys e um táxi de frota bateu na traseira do Opala. O motorista cercado e vaiado pela espectadores recebeu solidariedade de um colega que sacou a arma no meio da multidão. Em seguida taxistas chegaram em peso na avenida e pararam seus carros no meio (foto) interrompendo o racha Foto: Kenji Honda/Estadão
Agressões
Segundo a reportagem os taxistas saíram dos carros com os macacos à mão, muito gente pensou que eram metralhadoras e acabou dispersando a multidão Foto: Kenji Honda/Estadão
Guincho
Opala que colidiu ficou na calçada e foi guinchado Foto: Kenji Honda/Estadão
Ação policial
A polícia chegou a atuar, mas timidamente. Uma viatura ficou atravessada na avenida para impedir que os carros disputassem os rachas Foto: Kenji Honda/Estadão
Socorro
O bloqueio breve. O camburão teve ir embora para socorrer um espectador que subiu em um caminhão e acabou caindo. Na foto os policiais atendem o ferido Foto: Kenji Honda/Estadão
A morte
Na mesma noite o jovem de 19 anos, Durval Correa Barbosa, estava no canteiro central da pista e foi atropelado. O carro que o atingiu foi fechado por outro e subiu no canteiro. O motorista era José Zancaner Neto, filho do senador Orlando Zancaner Foto: Claudio Pedroso/Estadão
Emparelhados
Da janela de um apartamento o fotógrafo Kenji Honda registrou alguns rachas, como esse entre um buggy e uma caminhonete Foto: Kenji Honda/Estadão
Kombi
As Kombi também participavam das corridas Foto: Kenji Honda/Estadão
Feriado
A reportagem do Jornal da Tarde voltou para registrar a avenida na madrugada do dia 8 de setembro Foto: Claudio Pedroso/Estadão
Frio
Apesar da cidade estar vazia por causa do feriado e fazer muito frio, as corridas acontecerem, mas em quantidade menor Foto: Claudio Pedroso/Estadão
Espectadores
Por causa do frio poucas pessoas foram ver os rachas Foto: Claudio Pedroso/Estadão
Enfim a polícia
Na semana seguinte, em 16 de setembro, a reportagem também voltou e encontrou viaturas da polícia estacionados nos locais onde se agrupavam os carros Foto: Claudio Pedroso/
Chuva
Junto com a polícia veio a chuva que deixou as ruas vazias Foto: Claudio Pedroso/
Tática
Segundo a reportagem, se algum carro começasse a circular pela avenida procurando outro para o racha, a polícia, de olho no movimento, colocava a viatura no meio da avenida Foto: Claudio Pedroso/
Sossego
Aquela noite foi uma das poucas que os moradores da avenida puderam ter uma noite de sono sem interrupções Foto: Claudio Pedroso/
Lanchonete
O que estiveram na avenida se concentraram em frente à lanchonete Foto: Claudio Pedroso/
Melhor policiamento
"A chuva entretanto, acabou se transformando, naquela noite, no melhor policiamento da avenida, afugentando os competidores", escreveu o repórter do JT Foto: Claudio Pedroso/
Volta à normalidade
Foi no dia 21 de setembro que as medidas realmente foram tomadas. A partir das dez horas a polícia invadiu a avenida com diversas viaturas Foto: Kenji Honda/Estadão
Suspeitos
Os policiais paravam os carros suspeitos, no caso com escapamento aberto ou sem placa dianteira. Foto: Kenji Honda/Estadão
Devagar
Os suspeitos (com escapamento aberto) passavam bem devagar na blitz para não serem identificados, relatou o Jornal da Tarde publicado em 24 de setembro Foto: Kenji Honda/Estadão
Alta patente
Naquela noite estavam também oficiais da Polícia Militar e delegado da Polícia Civil. Um deles chegou a garantir à reportagem do Jornal da Tarde, que o policiamento seria permanente Foto: Kenji Honda/Estadão
Placa ausente
A maioria dos carros apreendidos foi por causa da ausência de placa na frente, como a do Fusca da foto Foto: Kenji Honda/Estadão
Guincho
A blitz contou com guincho Foto: Kenji Honda/Estadão
Apreensões
Naquela noite foram 53 carros apreendidos Foto: Kenji Honda/Estadão
Delegacia
Os carros foram levados para o 16º DP nos Jardins. Na foto os proprietários dos carros apreendidos Foto: Kenji Honda/Estadão
Sossego
A lanchonete, point de chegada dos rachas, funcionou com tranquilidade fora do comum Foto: Kenji Honda/Estadão
Racha na Faria Lima
Em maio de 1973, a Avenida Faria Lima se transformou em pista de corrida dos 'Playboys". Na época, os rachas eram comuns na cidade em outras avenidas como 9 de Julho e Morumbi. Veja fotos inéditas feitas por Kenji Honda para as reportagens de Ricardo Vespucci e Percival de Souza. Pesquisa e edição: Carlos Eduardo Entini/Acervo Estadão. Foto: Kenji Honda/Estadão
A pista
As corridas começavam às dez da noite e ia até as duas da madrugada. A partida dos carros era no farol em frente ao Shopping Iguatemi e os eles percorriam três ou quatro quarteirões a frente onde ficava a lanchonete Rick Store Foto: Kenji Honda/Estadão
Público
As corridas atraiam centenas de pessoas Foto: Kenji Honda/Estadão
Fim do sossego
A fórmula carros barulhentos e centenas de pessoas espalhadas pela avenida durante a madrugada acabou com o sossego dos moradores da avenida. Na imagem, carros emparelhados prontos para a largada Foto: Kenji Honda/Estadão
Fiscalização
Apesar da situação absurda e dos diversos apelos dos moradores à polícia e outras autoridades, nada foi feito. Uma das razões da vista grossa dos agentes públicos é que muitos 'corredores' eram filhos de pessoas importantes, como políticos e empresários Foto: Kenji Honda/Estadão
Reportagens
Diante da repercussão o Jornal da Tarde começou a cobrir o assunto. Enviou para a avenida os repórteres Ricardo Vespucci e Percival de Souza e os fotógrafos Kenji Honda e Claudio Pedroso. Na imagem, a primeira reportagem publicada em 27 de agosto Foto: Acervo/Estadão
Carros envenenados
A primeira reportagem mostrou que carros de todos os tipos não param de competir. E muitos deles 'envenenados' e tinham os escapamentos abertos, "os motores parecem estar dentro da sala do apartamento (...) a dona da casa, uma viúva (...) tem que falar alto para ser ouvida", relatou o repórter Ricardo Vespucci Foto: Kenji Honda/Estadão
Motoqueiros
Além dos moradores, os motoqueiros também tiveram a vida afetada. Antes do racha, eles costumavam se reunir em frente à lanchonete Rick Store, "dá saudades daqueles tempos. Porque aqui agora acabou. A gente já tá até pensando numa outra lanchonete para fazer nosso ponto", declarou um motoqueiro nostálgico à reportagem Foto: Kenji Honda/Estad
Patrulha
Na mesma reportagem a o repórter presenciou a presença da polícia, mas vai embora logo em seguida Foto: Kenji Honda/Estadão
Lanchonete
Curiosamente, o sossego na avenida só começava a voltar com o fechamento da lanchonete que se dava quase perto das três da manhã, "a viúva sabe que agora está quase na hora de poder deitar", ressaltou o repórter Foto: Kenji Honda/Estadão
A guerra
Na semana seguinte, a equipe do Jornal da Tarde voltou à Faria Lima. A reportagem de 3 de setembro mostra um clima tenso e uma avenida com mais de mil espectadores Foto: Acervo/
Taxistas x rachadores
Na madrugada, um Opala Bateu num Aero Willys e um táxi de frota bateu na traseira do Opala. O motorista cercado e vaiado pela espectadores recebeu solidariedade de um colega que sacou a arma no meio da multidão. Em seguida taxistas chegaram em peso na avenida e pararam seus carros no meio (foto) interrompendo o racha Foto: Kenji Honda/Estadão
Agressões
Segundo a reportagem os taxistas saíram dos carros com os macacos à mão, muito gente pensou que eram metralhadoras e acabou dispersando a multidão Foto: Kenji Honda/Estadão
Guincho
Opala que colidiu ficou na calçada e foi guinchado Foto: Kenji Honda/Estadão
Ação policial
A polícia chegou a atuar, mas timidamente. Uma viatura ficou atravessada na avenida para impedir que os carros disputassem os rachas Foto: Kenji Honda/Estadão
Socorro
O bloqueio breve. O camburão teve ir embora para socorrer um espectador que subiu em um caminhão e acabou caindo. Na foto os policiais atendem o ferido Foto: Kenji Honda/Estadão
A morte
Na mesma noite o jovem de 19 anos, Durval Correa Barbosa, estava no canteiro central da pista e foi atropelado. O carro que o atingiu foi fechado por outro e subiu no canteiro. O motorista era José Zancaner Neto, filho do senador Orlando Zancaner Foto: Claudio Pedroso/Estadão
Emparelhados
Da janela de um apartamento o fotógrafo Kenji Honda registrou alguns rachas, como esse entre um buggy e uma caminhonete Foto: Kenji Honda/Estadão
Kombi
As Kombi também participavam das corridas Foto: Kenji Honda/Estadão
Feriado
A reportagem do Jornal da Tarde voltou para registrar a avenida na madrugada do dia 8 de setembro Foto: Claudio Pedroso/Estadão
Frio
Apesar da cidade estar vazia por causa do feriado e fazer muito frio, as corridas acontecerem, mas em quantidade menor Foto: Claudio Pedroso/Estadão
Espectadores
Por causa do frio poucas pessoas foram ver os rachas Foto: Claudio Pedroso/Estadão
Enfim a polícia
Na semana seguinte, em 16 de setembro, a reportagem também voltou e encontrou viaturas da polícia estacionados nos locais onde se agrupavam os carros Foto: Claudio Pedroso/
Chuva
Junto com a polícia veio a chuva que deixou as ruas vazias Foto: Claudio Pedroso/
Tática
Segundo a reportagem, se algum carro começasse a circular pela avenida procurando outro para o racha, a polícia, de olho no movimento, colocava a viatura no meio da avenida Foto: Claudio Pedroso/
Sossego
Aquela noite foi uma das poucas que os moradores da avenida puderam ter uma noite de sono sem interrupções Foto: Claudio Pedroso/
Lanchonete
O que estiveram na avenida se concentraram em frente à lanchonete Foto: Claudio Pedroso/
Melhor policiamento
"A chuva entretanto, acabou se transformando, naquela noite, no melhor policiamento da avenida, afugentando os competidores", escreveu o repórter do JT Foto: Claudio Pedroso/
Volta à normalidade
Foi no dia 21 de setembro que as medidas realmente foram tomadas. A partir das dez horas a polícia invadiu a avenida com diversas viaturas Foto: Kenji Honda/Estadão
Suspeitos
Os policiais paravam os carros suspeitos, no caso com escapamento aberto ou sem placa dianteira. Foto: Kenji Honda/Estadão
Devagar
Os suspeitos (com escapamento aberto) passavam bem devagar na blitz para não serem identificados, relatou o Jornal da Tarde publicado em 24 de setembro Foto: Kenji Honda/Estadão
Alta patente
Naquela noite estavam também oficiais da Polícia Militar e delegado da Polícia Civil. Um deles chegou a garantir à reportagem do Jornal da Tarde, que o policiamento seria permanente Foto: Kenji Honda/Estadão
Placa ausente
A maioria dos carros apreendidos foi por causa da ausência de placa na frente, como a do Fusca da foto Foto: Kenji Honda/Estadão
Guincho
A blitz contou com guincho Foto: Kenji Honda/Estadão
Apreensões
Naquela noite foram 53 carros apreendidos Foto: Kenji Honda/Estadão
Delegacia
Os carros foram levados para o 16º DP nos Jardins. Na foto os proprietários dos carros apreendidos Foto: Kenji Honda/Estadão
Sossego
A lanchonete, point de chegada dos rachas, funcionou com tranquilidade fora do comum Foto: Kenji Honda/Estadão
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