Destinos para explorar com espírito aventureiro

Apesar da falta de infraestrutura, desbravar um lugar que não caiu nas graças dos turistas tem inúmeras vantagens

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Por MICHELLE HIGGINS
Atualização:

Visitar um destino que ainda não caiu nas graças dos turistas tem suas vantagens: a paisagem não sofreu grandes modificações, os preços são razoáveis e você pode experimentar um lugar autêntico. Há, no entanto, percalços, como a falta de transporte e serviço hoteleiro rudimentar. Mas com espírito aventureiro, os benefícios de explorar novos destinos podem superar os pequenos contratempos.

 

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Labrador, Canadá

O último trecho da Rodovia Trans-Labrador, que se alonga por mais de 1 mil quilômetros ao oeste de Labrador, passa por áreas selvagens do subártico e vilarejos remotos na costa. Inaugurada em meados do ano passado, oferece aos visitantes um tour pelas últimas fronteiras da América do Norte, com direito a observação de baleias e de icebergs.

A estrada é boa, mas tem poucas opções de postos de combustível, e as lojas e restaurantes, ficam distantes uns dos outros cerca de 300 quilômetros.

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Diqing, China

A região de Diqing, em Yunnan, é uma imersão na cultura tibetana, com monastérios e vilas. Agora, deve ficar mais acessível. Uma rodovia está projetada para substituir o acesso atual desde Gyalthang até Deqin, com direito a pista dupla e túneis, reduzindo o tempo de viagem (hoje de seis horas) pela metade.

 

Digin integra uma área de Patrimônio Mundial da Unesco, onde os rios Yangtze, Mekong e Salween correm em paralelo. Nos próximos meses, Songstam, pequeno grupo hoteleiro de influência tibetana, vai abrir uma série de lodges na região. Usando os hotéis como base, a operadora Wild China desenvolveu um trekking de uma semana por lá. Abercrombie & Kent também planeja criar um tour passando pelos lodges em 2012.

 

 

Zimbabwe

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Mais de uma década de caos político, motim econômico e desrespeito aos direitos humanos mantiveram os visitantes longe do país. Mas um novo governo e relativa estabilidade econômica, com a adoção do dólar como moeda, trouxe otimismo. Algumas operadoras voltaram a promover viagens pelos cartões-postais do local, como a queda d’água Victoria Falls. "Estamos sempre checando as condições de segurança para viajar no país", diz Geoff Manchester, da Intrepid Travel.

 

Mongólia

Com uma das populações mais espalhadas do mundo, as belezas da Mongólia ainda são pouco exploradas. Isso pode mudar com a construção de uma mina de ouro e cobre no sul do país, que deve desenvolver a economia local. Antecipando o crescimento no segmento de negócios e lazer, grupos hoteleiros como Hilton, Rezidor e Shangri-La anunciaram planos para construir unidades na capital, Ulan Bator. A cidade será sua base para explorar as belezas do país, como o Deserto de Gobi. 

 

 

Vale a Viagem

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Nada de praias lotadas, trânsito, luxo. Por outro lado, não espere muita infraestrutura: a ideia é curtir a natureza sem muita intervenção humana. Pelo Brasil, não faltam destinos que se encaixam nesse perfil. Alguns se mantêm autênticos, como Nobres (MT)  e o Parque Nacional Grande Sertão Veredas (MG), batizado segundo a obra-prima de Guimarães Rosa. Outros, ajudados pela propaganda boca a boca, começam a ser mais procurados pelos visitantes, caso de Imbassaí (BA) e de Barra Grande (PI). É torcer para que o crescimento venha com consciência

 

1 Imbassaí (BA)

O distrito do município de Mata de São João, a 65 km de Salvador, cresceu nos últimos anos - ganhou resort, pousadas e melhorou a estrada. Mas não perdeu o charme de vilarejo. A faixa de areia (com quiosques) fica entre o Rio Imbassaí e o mar - dá para atravessá-lo a pé, pelo lado do resort, ou nas jangadas, por R$ 2.

 

2 Barra Grande (PI)

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Sem posto de combustível nem agência bancária, Barra Grande caiu nas graças dos amantes do kitesurf e parece ter alargado os domínios do litoral piauiense. Distrito de Cajueiro da Praia, a 71 km de Parnaíba e 411 de Teresina, tem pousadinhas e restaurantes e vem caindo nas graças dos turistas. Mas ainda esbanja calmaria.

 

 

3 Chapada das Mesas (MA)

Ao contrário das concorridas Diamantina (BA), Veadeiros (GO) e Guimarães (MT), a Chapada das Mesas (abaixo) recebe poucos visitantes. A base para alcançá-la é Carolina, a 269 km de Imperatriz e 811 de São Luís. Trilhas levam a cachoeiras como a da Pedra Caída, com 50 m de altura, e a São Romão, com acesso de 4X4.

 

4 Nobres (MT)

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Não há luxos na cidade a 147 km de Cuiabá: as poucas opções de hospedagem são bem simples. A vantagem é a natureza preservada e a certeza de ter passeios quase exclusivos. O Aquário Encantado tem flutuação com snorkel e máscara para ver peixes na água cristalina, como em Bonito (MS).

 

 

5 Parque Nacional Grande Sertão Veredas (MG)

A desconhecida Chapada Gaúcha é a porta de entrada para o parque. É lá que você vai contratar guias para desbravar a região. As estradas são ruins: muitas vezes, só veículos com tração conseguem circular. Mas a paisagem, com cachoeiras e praias de rio, compensa.

 

 

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