Estrutura precária e falta de docentes explicam desempenho

Maranhão e Alagoas, os Estados com as piores pontuações, sofrem com carência de material didático e professores

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Por Wilson Lima, e Ricardo Rodrigues e de Maceió
Atualização:

SÃO LUÍS - Janelas e carteiras quebradas, falta de material didático, banheiros sem condições de uso, prédios de prefeituras funcionando como escolas do Estado e quatro secretários da Educação em dois anos. Situações como essas são apontadas por especialistas como as razões principais para que o Maranhão conseguisse apenas a penúltima posição no Pisa.Os alunos sentem na pele os problemas. "Na minha escola, não vi melhorias. Nossa estrutura não é das melhores", diz a estudante do Centro de Ensino Governador Edison Lobão, Ádria Michele Soares, de 15 anos. Os alunos também reclamam da falta de professores e de material didático. Nos últimos três anos, o Maranhão tem enfrentado outros problemas. Em 2007 ocorreu a maior greve do setor, que durou mais de 90 dias. Nesse ano, os docentes também realizaram paralisações para cobrar do governo a implementação do Estatuto do Magistério. Procurada, a Secretaria da Educação do Maranhão não quis se pronunciar. Em Alagoas, Estado com a pior pontuação no Pisa, alunos também reclamam da falta de professores. "Essa situação não é de agora e está longe de ser resolvida. Entra governo, sai governo e ninguém trata a educação como prioridade", diz o professor Daniel Soares, do Colégio Estadual Benício Dantas. "São dados que nos entristecem, mas servem também de reflexão, para que possamos encontrar as falhas e reverter esse quadro. Acredito que estamos no caminho", disse Maria do Carmo de Melo Silveira, superintendente de Gestão da Secretaria Estadual de Educação de Alagoas.

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