O Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial tem esse nome em homenagem ao historiador francês que, em sua passagem pelo Brasil na década de 30, participou da criação da Universidade de São Paulo (USP), sob a coordenação do jornalista Julio de Mesquita Filho. Em sua obra, Braudel destacou o mercado como força de desenvolvimento humano - ideia que coincide com a proposta do instituto.Fundado em 1987 e hoje presidido pelo jornalista Antônio Carlos Pereira, editor de Opinião do Estado, o instituto tem se preocupado com a qualidade do ensino público. Em 2007 e 2009, seus pesquisadores viajaram a Nova York, Chicago, Washington e Baltimore para estudar as reformas de ensino em escolas em situação crítica. A primeira viagem resultou em uma série de artigos, publicada pelo Estado, com o objetivo de estimular a discussão de como enfrentar as dificuldades na área.Em 2008, o instituto, em parceria com o Itaú Social e a Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, começou a desenvolver um projeto em dez escolas públicas da capital com os piores desempenhos no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp). Com medidas simples e de baixo custo - ofereceu tutoria a professores de matemática e português e criou o cargo de "coordenador de pais"-, o projeto está conseguindo melhorar o ensino. Ele deve ser sistematizado, com o objetivo de ser replicado em outras escolas. Com a Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), cujo diretor é o embaixador Rubens Ricupero, o Instituto Fernand Braudel promove pesquisas e debates públicos sobre crises financeiras, comércio, energia e a expansão da democracia na América Latina. Em 20 anos, foram mais de 160 seminários.