A Toyota do Brasil lançou, no Guarujá (SP), a perua Corolla Fielder, o segundo carro a ser produzido na fábrica da montadora japonesa em Indaiatuba (SP), depois do Corolla, sedan médio mais vendido no País. O veículo, com preço de tabela de R$ 59 mil, é uma station wagon derivada do Corolla e tem índice de nacionalização de 70%. O presidente da Toyota Mercosul, Hiroyuki Okabe, afirmou que a empresa espera comercializar 4.650 unidades do Corolla Fielder ainda este ano. Desse total, 500 unidades serão exportadas para países da América Latina (300 para a Argentina). O projeto para fabricar o carro no Brasil começou em 2002 e exigiu investimentos de US$ 15 milhões (US$ 10 milhões na operação fabril e US$ 5 milhões em treinamento). Okabe confirmou que a fábrica de Indaiatuba será ampliada no início de 2005, com investimentos de US$ 5 milhões. O lançamento exigiu a contratação de 80 funcionários em Indaiatuba, onde a Toyota - que já não tinha alta ociosidade - passará a operar em sua capacidade máxima (92% de ocupação). Além do Brasil, o modelo é produzido apenas no Japão e na Turquia. Ele chega às concessionárias no dia 7 de maio, acompanhado de publicidade em várias mídias. A fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo (SP) já está produzindo componentes para o Corolla Fielder. Okabe afirmou que a Toyota teve lucro no Brasil em 2003, revertendo prejuízo registrado em 2002. A companhia tem 3% do mercado de automóveis e comerciais leves no País e pretende chegar a 10% até 2010. Segundo Okabe, para ganhar faixa de mercado, a montadora certamente precisará lançar mais modelos e já estuda o lançamento de um veículo compacto situado na faixa entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, que pode ser o Toyota Yaris. "Como resultado do sucesso de vendas no Brasil, o País tem importância crescente e está recebendo mais atenção da matriz no Japão", disse Okabe. De acordo com o executivo, a empresa tem planos de nacionalizar a produção do motor do Corolla, que é importado. Para isso, precisa chegar a vender no País cerca de 150 mil veículos. Ele afirmou que o Brasil também é candidato a receber investimentos transferidos de outros países, mas, para isso, precisaria fazer a reforma tributária, trabalhista e previdenciária. "A maior concorrência do Brasil é o próprio Brasil", opinou. Em 2003, conforme números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Toyota comercializou 35,7 mil automóveis Corolla, 107% a mais do que em 2002. Foi a montadora que mais cresceu no período.
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