Adiada a concessão de salvo-conduto para Carmona

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A partida de Pedro Carmona - figura-chave do golpe de Estado na Venezuela - para o asilo político na Colômbia foi adiada nesta terça-feira porque o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ainda precisa formalizar o salvo-conduto para o líder golpista, disse o embaixador colombiano em Caracas. Ao mesmo tempo, os seguidores de Chávez temem uma possível onda de fugas para diversas embaixadas de um grupo de militares acusados de participação no frustrado golpe de Estado de abril. Os chavistas querem saber quem irá pagar pela rebelião. As tensões no setor militar se acentuaram na segunda-feira à noite depois que o contra-almirante Carlos Molina Tamayo pediu asilo a El Salvador, e outros 17 altos oficiais entraram com uma petição perante o Tribunal Supremo de Justiça solicitando uma ação judicial contra os conselhos de investigação a que devem responder por terem se rebelado contra o governo. Carmona, que exerceu o cargo de presidente interino durante o golpe de Estado que afastou Chávez do poder durante 47 horas no mês passado, provavelmente poderá viajar para Bogotá na quarta-feira - e não hoje, como estava originalmente planejado, disse o embaixador German Bula. Bula disse que funcionários venezuelanos e colombianos ainda estavam finalizando os trâmites para que Carmona possa deixar o país. Um dos advogados de Carmona, Juan Martín Echeverría, disse que está à espera da entrega do salvo-conduto que permita ao empresário deixar a residência do embaixador colombiano, onde está refugiado desde a semana passada. Echeverría indicou que o empresário, após deixar o país, permanecerá alguns dias na Colômbia "por uma questão de descanso e agradecimento" e, em seguida, poderá viajar para outro país que ainda deverá ser escolhido. Por sua vez, um dos advogados do contra-almirante Molina Tamayo, Carlos Bastidas, disse nesta terça-feira que as autoridades de El Salvador iniciaram os contatos com o governo venezuelano para definir a situação do militar - que se refugiou em 25 de maio na residência da adida comercial salvadorenha alegando que sua vida corre perigo. Molina Tamayo foi passado para a reserva em março por Chávez após rebelar-se contra o governo e exigir a renúncia do mandatário. O contra-almirante foi nomeado chefe da casa militar do palácio presidencial durante o breve governo interino de Carmona, entre 12 e 13 de abril passado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para cadastrados.