Embora representantes da Casa Branca não tenham comentado quem será o escolhido do presidente George W. Bush para a presidência da Securities & Exchange Commission (SEC, a correspondente americana à Comissão de Valores Mobiliários), segundo a agência Bloomberg podem ser: o presidente da Nasdaq, Frank Zarb, o ex-juiz federal Stanley Sporkin, o advogado da família Bush, James Doty e o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. O atual ocupante do posto, Harvey Pitt, apresentou sua renúncia ontem à noite à Casa Branca, prometendo deixar o cargo após garantir uma transição tranqüila da liderança da instituição. Os comissários da SEC são nomeados pelo presidente e devem ser confirmados pelo Senado. Enquanto não houver um nome definido, Bush poderá escolher um dos outros dois republicanos presentes na direção da SEC - Cynthia Glassman e Paul Atkins - para atuar como presidente interino. A saída A continuidade de Harvey Pitt no cargo tornou-se questionável recentemente porque ele deixou de informar à Casa Branca e a outros comissionários da SEC que William Webster, seu escolhido para o novo conselho de supervisão de contabilidade da indústria, estava sendo investigado em um imbróglio contábil corporativo. Após a revelação da controvérsia, a Casa Branca manifestou apoio a Pitt e a Webster, mas, nos últimos dias, conselheiros do presidente começaram a retirar o suporte a Pitt. A surpreendente decisão de Pitt levanta dúvidas sobre se ele foi pressionado a renunciar e sobre o futuro de Webster, que já tinha indicado recentemente sua disposição em sair do cargo. A renúncia de Pitt, há apenas 15 meses no posto, cria uma confusão na presidência da SEC em uma momento de alta sensibilidade na história das finanças dos EUA. Em meio a um mercado em queda e a um quadro de esfriamento econômico, as grandes empresas e Wall Street tornaram-se epicentro de uma série de escândalos que abalaram a confiança sobre a honestidade dos resultados anunciados pelas empresas e pela transparência no trato com os investidores.