BUENOS AIRES - O governo argentino deu nesta quarta-feira, 16, mais um passo no conflito aberto com os Estados Unidos pela apreensão de parte da carga de um avião militar americano, ao advertir que as leis do país consideram a possibilidade de destruir o material ilegal.
O Código Alfandegário argentino assinala que "caso se declarar uma importação e transportar outro material, é atribuição da Alfândega confiscar o material e dispor dele até chegar a sua própria destruição", afirmou ainda nesta quarta-feira o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández, em declarações à emissora oficial Rádio Nacional.
Fernández apontou que o avião militar americano cometeu uma "infração alfandegária" ao entrar no país com material não declarado e insistiu que a Argentina "há de cumprir a lei no marco da soberania nacional".
De acordo com a versão argentina, a apreensão aconteceu porque a lista da carga adiantada pelos EUA não correspondia com a carga real.
Os Estados Unidos reivindicaram a devolução do material e o governo expressou estar "perplexo" pelo incidente com a Argentina.
O juiz argentino, Rafael Caputo, resolveu nesta quarta-feira que 22 funcionários da Alfândega, Administração de Remédios, Alimentos e Tecnologia Médica, Registro de Armas, Polícia Federal e Polícia de Segurança Aeroportuária da Argentina entraram na qualidade de testemunhas.
Estes funcionários deverão se apresentar entre esta quinta-feira e a próxima terça, informou o Centro de Informação Judicial.