Árabes querem expandir seu boicote a Israel e seus aliados para uma campanha mundial contra o comércio com o Estado judeu, disse hoje o chefe do escritório de boicote da Liga Árabe. Ahmed Khazaa, comissário-geral do Escritório Central de Boicote, baseado em Damasco, discursou na Primeira Conferência Popular para o Boicote, um encontro organizado pelo comitê de boicote da Associação dos Jornalistas dos EUA. A conferência, aberta hoje em Dubai, visa ampliar o boicote, aproveitando uma hostilidade generalizada em relação a Israel devido às vítimas da intifada palestina. O escritório de boicote já chegou a colocar numa lista negra 8.500 companhias e pessoas, incluindo a Coca-Cola e Ford Motor Co.. Mas ele perdeu influência depois que o Egito e a Jordânia assinaram tratados de paz com Israel e os palestinos se envolveram no processo de paz. Estados árabes radicais, como a Síria, buscam agora reviver a lista negra. Entretanto, a conferência de hoje atraiu apenas 25 participantes - intelectuais e ativistas. "Estamos buscando ampliar o boicote para que se torne internacional", disse Khazaa. "O que ocorreu na Palestina provocou reação no mundo todo. Ainda não exploramos esta oportunidade", acrescentou. Ele adiantou que legisladores árabes e organizações não-governamentais vão tentar fazer engajar na campanha partidos políticos e organizações internacionais simpáticos com a causa palestina. Leia o especial
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