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Ataque israelense atinge escola usada como abrigo na Faixa de Gaza

Exército israelense afirma que alvo era centro de comando do Hamas escondido no complexo

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Por Redação

FAIXA DE GAZA - Pelo menos oito pessoas morreram no bombardeio israelense que atingiu uma escola usada como abrigo no centro de refugiados de Jabalia, em Gaza, segundo a agência palestina Wafa. O Exército de Israel, por sua vez, afirma ter conduzido ataques precisos contra terroristas que operavam em centro de comando do Hamas escondido no complexo.

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Metade das vítimas estaria abrigada em tendas montadas ao redor da escola por palestinos deslocados pelo conflito, afirma o serviço de resgate de Gaza.

Com as aulas interrompidas pela guerra, as escolas têm se transformado em abrigo para famílias deslocadas dentro do enclave. Muitos palestinos continuam recorrendo a esses prédios, mesmo sabendo que não são seguros contra ataques, em parte, porque possuem encanamento e oferecem algum acesso a água.

Palestino chora a morte de familiar morto em ataque israelense no centro da Faixa de Gaza.  Foto: Eyad Baba/AFP

Israel disse em comunicado que adotou medidas para mitigar o risco aos civis antes do ataque e culpou o grupo Hamas por camuflar terroristas na população de Gaza. O ataque em Jabalia foi seguido por uma série de bombardeios no norte e centro do enclave, atingindo a Cidade de Gaza e Nuseirat. O serviço de emergência palestino afirma que há crianças entre as vítimas.

Com os bombardeios das últimas horas, o número de vítimas no enclave palestinos chegou a 40.939, de acordo com o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

A guerra, desencadeada pelo ataque terrorista de 7 de outubro, que matou 1,2 mil pessoas em Israel, está prestes a completar um ano. As negociações por cessar-fogo se arrastam sem acordo e os dois lados trocam acusações sobre a culpa pelo fracasso dos esforços diplomáticos.

Em raro pronunciamento conjunto, os chefes da CIA, William Burns, e do MI6, o serviço secreto do Reino Unido, Richard Moore, pressionaram pelo cessar-fogo. Em artigo publicado no Financial Times, eles defenderam que isso poderia “acabar com o sofrimento e a terrível perda de vidas de civis palestinos e trazer os reféns de volta para casa após 11 meses de confinamento infernal”.

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Washington e Londres são aliados de Tel-Aviv, embora o Reino Unido tenha divergido dos EUA ao suspender algumas exportações de armas para Israel. O governo de Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, expressou a preocupação de que o armamento pudesse ser usado para violar o direito internacional.

Burns, da CIA, está fortemente envolvido nas discussões sobre o cessar-fogo e viajou ao Egito no mês passado para uma rodada de negociações. Autoridades americanas, incluindo o presidente Joe Biden, insistiram nos últimos dias que o acordo estava próximo mas, até agora, não houve entendimento entre Israel e Hamas.

“Não há um acordo em andamento”, disse o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu à Fox News na sexta-feira. “Infelizmente, não está perto”, acrescentou, contrariando o otimismo americano./COM AFP, AP E NY TIMES

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