Oito civis morreram durante um ataque de jihadistas do grupo Al-Shabab – ligado à Al-Qaeda – contra um hotel frequentado por políticos na capital da Somália, Mogadíscio. O ataque começou às 20 horas de domingo e só terminou na tarde desta segunda-feira, 28. Foram ouvidos disparos e explosões no Hotel Villa Rose, a poucas quadras dos escritórios da presidência.
Segundo a polícia, durante as 21 horas de duração da ação os radicais islâmicos mataram 8 civis e as forças de segurança conseguiram resgatar mais de 60. Um membro das forças de segurança foi morto durante a operação de resgate.
A polícia disse que o ataque foi cometido por seis militantes. “Cinco foram abatidos e outro se suicidou, detonando um explosivo”, acrescentou.
O hotel Villa Rose está localizado em uma área central e segura da capital, a poucas quadras dos gabinetes da presidência, e se apresenta como “a acomodação mais segura de Mogadíscio”. Há detectores de metal e um muro alto no perímetro do estabelecimento.
O Al-Shabab, que há 15 anos tenta derrubar o governo da Somália, assumiu a autoria da ação. O grupo intensificou os ataques contra objetivos civis e militares em meio à eleição de um novo governo na Somália, que está levando adiante uma política de “guerra total” contra os radicais islâmicos.
Recentemente, o exército somali, que conta com o apoio de clãs locais, de uma força de segurança continental e dos Estados Unidos, recuperou o controle de áreas do centro do país que estavam nas mãos do Al-Shabad. O grupo respondeu com uma série ataques sangrentos e demonstrou capacidade de atingir a capital e as instalações militares somalis.
O atentado jihadista mais significativo foi realizado com dois carros-bomba e deixou 121 mortos e 333 feridos em 29 de outubro deste ano, também em Mogadíscio. Ao longo do ano, mais de 600 civis morreram e 950 ficaram feridos por causa de ataques. /AFP