PUBLICIDADE

Atirador deixa três mortos em cerimônia de formatura de universidade nas Filipinas

Entre os mortos está uma ex-prefeita da cidade de Lamitan, que parecia ser o alvo principal do atirador; homem foi preso durante a fuga

Foto do author Redação
Por Redação

MANILA - Um atirador abriu fogo em um campus universitário na região da capital das Filipinas neste domingo, 24, matando a ex-prefeita de uma cidade próxima e outras duas pessoas, disse a polícia. O ataque ocorreu quando estudantes de direito e suas famílias chegaram à universidade para uma cerimônia de formatura que também contou com a presença do presidente do Supremo Tribunal.

PUBLICIDADE

O suspeito estava armado com duas pistolas e foi capturado em um carro que dirigia enquanto tentava escapar da Universidade Ateneo de Manila, no subúrbio de Quezon, disse a polícia. Ele foi bloqueado por testemunhas e autoridades do lado de fora dos portões da universidade.

A universidade foi fechada e o rito de formatura na faculdade de direito do campus foi cancelado, disse a polícia. O presidente da Suprema Corte, Alexander Gesmundo, que deveria ser um orador na cerimônia, foi aconselhado a voltar a caminho do evento, disseram autoridades.

Suspeito Chao Tiao Yumol é escoltado pela polícia em Camp Karingal após sua prisão depois que três pessoas foram mortas em um ataque a tiros na Universidade Ateneo de Manila em Quezon City, subúrbio de Manila Foto: STR / AFP

Os investigadores estavam tentando determinar um motivo para o ataque, mas o chefe de polícia de Quezon, o general Remus Medina disse que o suspeito, aparentemente um médico, tinha uma briga de longa data com Rosita Furigay, ex-prefeita da cidade de Lamitan, no sul da província de Basilan.

“Estamos muito preocupados e magoados com este incidente”, disse Joy Belmonte, prefeita de Quezon à AFP.

O suposto assassino fugiu do local do crime depois de forçar um motorista a sair de seu veículo, antes de abandoná-lo e continuar sua fuga em um yipni - um meio de transporte público popular nas Filipinas - disse a polícia. Ele foi preso perto de uma igreja.

As forças de segurança recuperaram duas pistolas e um silenciador supostamente usados pelo suspeito, que identificaram como Chao Tiao Yumol. Eles também relataram que ele tinha um “longo histórico” de disputas legais com Furigay. Yumol estava livre sob fiança sob acusação de difamação na Internet.

Publicidade

“Parece ser uma assassino determinado”, disse o general de brigada da polícia Remus Medina a repórteres, antes de chamar o incidente de “isolado”.

Yumol, que estava com ferimentos no rosto, foi apresentado pela polícia à imprensa, momento em que aproveitou para acusar Furigay de tráfico de drogas e denunciar que sua família havia ordenado três ataques contra ele.

O recém-eleito presidente Ferdinand Marcos Jr. (Bongbong Marcos) prometeu que o ataque será investigado rapidamente e os responsáveis pelos assassinatos levados à Justiça. Ele deve discursar em uma sessão conjunta do Congresso na Câmara dos Deputados na segunda-feira também na cidade de Quezon, onde a polícia e outros agentes da lei impuseram uma proibição de armas e aumentaram a segurança antes do ataque.

“Estamos chocados e tristes com os eventos da formatura do Ateneo hoje”, disse. “Lamentamos com os enlutados, os feridos e aqueles cujas cicatrizes dessa experiência serão profundas”.

Tiroteios em escolas e universidades são raros nas Filipinas, apesar de suas regras brandas sobre armas. No entanto, assassinatos seletivos de políticos são bastante comuns, principalmente em períodos eleitorais.

Furigay, cuja família domina a política na cidade de Lamitan, serviu três mandatos como prefeita. A Constituição a impediu de revalidar o cargo nas eleições de 9 de maio./AP e AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.