A violência que aflora do conflito colombiano se manifestou hoje com uma explosão num mercado de Bogotá, um bloqueio ilegal nas redondezas da capital, a desativação de carros-bomba e combates em vários pontos do país. Um veículo pequeno carregado com explosivos explodiu na entrada de Corabastos, um grande centro de armazenamento de alimentos de Bogotá, deixando cinco pessoas feridas, informou a polícia. O comandante da Polícia Metropolitana de Bogotá, general Jorge Darío Castro, contou que desconhecidos colocaram a carga explosiva no veículo no momento em que o motorista deixava o carro. A explosão dos dispositivos causou ferimentos em dois passageiros do carro e em três transeuntes. Os autores do atentado não foram identificados, mas Castro indicou que pode se tratar de milicianos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). No município de Villa Pinzón, ao norte de Bogotá, foi registrado um bloqueio ilegal da guerrilha, mas que mais tarde foi repelido pelo Exército. "Infelizmente, três pessoas ficaram feridas, uma morreu e dois veículos foram incendiados", disse o comandante da polícia do departamento (Estado) de Cundinamarca, coronel Luis Eduardo Herrera. No município de Jenín, no mesmo departamento, o Exército desativou um carro-bomba carregado com 100 quilos de explosivos. O veículo foi deixado em uma estrada rural pelas Farc. Também outro caminhão carregado com explosivos foi descoberto e desativado pelos militares, desta vez no município de Paez, no departamento de Boyacá, ao norte da capital. Milicianos da guerrilha e grupos paramilitares se enfrentaram hoje em Medellín. No fogo cruzado, uma menina morreu. Segundo informações não confirmadas, dois policiais também teriam morrido ao tentar controlar o conflito. De acordo com fontes militares, no departamento de Antioquia, sete guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), o segundo grupo rebelde da Colômbia, morreram hoje durante uma tentativa de tomar o município de Remédios.