Austrália vai indenizar a França em meio bilhão de euros por quebra de acordo sobre submarinos

Países tinham acordo de US$ 66 bilhões para compra de submarinos, mas Austrália optou por quebrá-lo

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Por Redação
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O recém-eleito primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, declarou na noite desta sexta-feira (horário de Brasília), 10, que vai pagar 555 milhões de euros ao Grupo Naval da França como indenização pela quebra do acordo de submarinos. “Este é um acordo justo e equitativo”, declarou o primeiro-ministro em entrevista coletiva.

Até o ano passado, a Austrália tinha um contrato de US$ 66 bilhões para comprar uma dúzia de submarinos franceses de ataque convencionais. O acordo de 50 anos deveria ser a base de uma estratégia europeia em resposta à ascensão da China na região do Pacífico.

Primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 10. Premiê da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, também participou da entrevista Foto: Loren Elliott / Reuters

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Entretanto, a Austrália desistiu do contrato no segundo semestre de 2021 e optou por fazer acordos militares com os Estados Unidos e o Reino Unido. A decisão desencadeou a crise. O presidente francês Emmanuel Macron considerou a quebra uma traição por parte dos países.

A decisão australiana foi feita sob o governo do então primeiro-ministro Scott Morrison, que deixou o cargo em maio. Anthony Albanese criticou o governo de Morrison e disse que a Austrália acabou por ter prejuízos com a crise. “[As consequências da quebra] representa, um desperdício extraordinário de um governo que sempre foi grande em anúncios, mas não bom na entrega”, declarou.

Segundo Albanese, o valor da indenização resultou de discussões com Macron iniciadas em maio. O premiê agradeceu a forma cordial que os dois países restabeleceram as relações. “Esse acordo risca uma linha sobre o contrato descartado”, declarou Albanese.

O jornal australiano The Sydney Morning Herald acrescentou que o líder australiano declarou que espera voar para Paris em breve para visitar Macron. /AFP, Reuters

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