Milhares de pessoas prestaram homenagem às vítimas do atentado da última sexta-feira
OSLO - O autor do duplo atentado na Noruega, Anders Behring Breivik, será apresentado nesta segunda-feira, 25, perante o juiz instrutor do caso sem a presença da imprensa, informa o jornal local "VG", contrariamente à intenção do detido de dar repercussão midiática a sua declaração.
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Breivik, de 32 anos e definido como um fundamentalista cristão, islamófobo e ultradireitista, admitiu sua participação no massacre em interrogatórios policiais, à qual explicou que a tragédia foi "atroz", mas "necessária", como relatou à imprensa posteriormente por seu advogado, Geir Lippestad.
Além disso, seu defensor explicou que Breivik garantia não sentir culpa pelo massacre que tinha cometido, alegando que seria o desencadeante de sua "revolução".
Segundo explicou sua defesa, Breivik tinha manifestado também sua disposição de dar oferecer nesta segunda-feira uma ampla declaração perante o juiz, para a qual desejava, a presença da imprensa.
Um minuto de silêncio
A Noruega inteira parou nesta segunda ao meio dia (7h de Brasília) com um minuto de silêncio para lembrar os 93 mortos na sexta-feira no duplo atentado do centro de Oslo e no acampamento juvenil da vizinha de Utoya.
O ato paralisou o centro da capital escandinava e foi liderado pela família real norueguesa e o primeiro-ministro do país, o trabalhista Jens Stoltenberg, em uma solenidade em frente ao prédio central da Universidade de Oslo.
"Para lembrar as vítimas no distrito governamental de Oslo e em Utoya, declaro 1 minuto de silêncio em todo o país", disse Stoltenberg.
Centenas de pessoas reunidas nos memoriais improvisados em vários pontos da capital calaram suas palavras, o transporte público parou e as televisões locais também interromperam suas transmissões por 60 segundos, após quase 48 horas de informações ininterruptas sobre a tragédia, enquanto em toda a cidade de Oslo apenas era possível ouvir o sons das gaivotas.
A solenidade foi aberta oficialmente pelo rei Harald e o premiê, que logo após entraram no auditório do complexo universitário, assinaram o livro oficial de condolências sem falar uma palavra.
Na sexta-feira passada um carro-bomba explodiu contra o Ministério do Petróleo e Energia da Noruega, matando sete pessoas, e duas horas depois um homem disfarçado de policial invadiu o acampamento da juventude social-democrata norueguesa em Utoya, matando a tiros ao menos 86 pessoas, em sua maioria, jovens menores de 20 anos.