Andres Behring Breivik sai escoltado de corte em Oslo após prestar depoimento
OSLO - O serviço secreto da Noruega, conhecido pelas iniciais PST, confirmou nesta segunda-feira, 25, que o nome de Anders Behring Breivik, suspeito dos ataques que na semana passada resultaram na morte de pelo menos 76 pessoas, constava de uma lista de cidadãos noruegueses que haviam feito compras de produtos químicos perigosos no exterior.
Veja também:Noruegueses homenageiam vítimas GALERIA: A 'Marcha das Rosas' de Oslo GUTERMAN: É isso aí a direita? TOLEDO: Por que a Noruega? OPINIÃO: Terror em Oslo VÍDEO: Os danos após a explosão em Oslo ARQUIVO: Relembre ataques na Europa
Janne Kristiansen, diretora do PST, disse que Breivik entrou na lista depois de ter comprado um produto não revelado em uma loja de produtos químicos na Polônia. Ela disse à emissora de televisão NRK que a compra desencadeou um alerta porque a empresa polonesa já vinha sendo investigada.
Uma análise inicial, no entanto, demonstrou que a transação realizada em março deste ano havia ocorrido dentro da legalidade e que o PST precisaria de mais informações para aprofundar a investigação, disse Janne. Breivik, extremista cristão, é autor confesso do duplo atentado que matou ao menos 76 pessoas na sexta-feira. No primeiro incidente, ele detonou explosivos em um edifício do governo em Oslo, matando ao menos oito. No segundo caso, ele entrou na ilha de Utoya vestido de policial e abriu fogo, matando 68. No loca, era realizado o encontro anual da juventude do Partido Trabalhista.
Nesta segunda, Breivik admitiu admitiu que trabalhava em conjunto com "duas outras células" para combater a "dominação muçulmana". A polícia investiga quem seriam os cúmplices do atirador. Antes, ele havia dito que agiu sozinho.
As declarações foram feitas na primeira audiência da qual participou. Ele não se declarou culpado. "Apesar do fato de o acusado ter admitido os fatos ocorridos, ele não se declarou culpado. A corte entende que o acusado acredita que ele precisava cometer estes atos para salvar a Noruega e a Europa ocidental, entre outras coisas, do 'marxismo cultural e da dominação muçulmana'", completou o juiz Kim Heger.
Leia mais:'Nenhum país está 100% seguro', diz premiêAtirador admite que tinha cúmplicesVítimas postaram no Twitter antes de polícia ser avisada
Também nesta segunda, milhares de pessoas saíram ns ruas de Oslo e de outras cidades norueguesas para homenagear as vítimas dos atentados e seus familiares. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.