O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que mais de 80 pessoas morreram em bombardeios no campo de refugiados Jabaliya e culpou Israel pelo ataque. Tel-Aviv, por sua vez, confirma operações militares na região, mas afirma que as suas tropas eliminaram terroristas que operavam em áreas civis de forma deliberada.
O primeiro bombardeio atingiu a escola Al Fakhura, que é administrada pela ONU e tem servido como abrigo para palestinos que tentam se proteger do fogo cruzado. Segundo o Ministério da Saúde local, pelo menos 50 pessoas morreram. O número não pode ser verificado de forma independente.
O comissário da UNRWA, Agência da ONU para Refugiados Palestinos, Philippe Lazzarini, disse ter recebido “imagens horríveis de dezenas de mortos e feridos na escola, que abrigava milhares de pessoas”. E condenou o bombardeio: “estes ataques não podem se tornar comuns, devem parar”.
A segunda explosão atingiu uma casa no mesmo campo de refugiados. O Ministério da Saúde de Gaza afirma que 32 pessoas da mesma família morreram, incluindo 19 crianças, e divulgou uma lista com os nomes das vítimas.
Os combates também atingem o sul da Faixa de Gaza. Mais cedo, explosões em prédios de Khan Yunis, deixaram ao menos 26 mortos, segundo informou o hospital local.
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A região recebeu a maior parte dos palestinos que abandonaram suas casas na tentativa de fugir do conflito enquanto Israel alertava que os civis deveriam sair do norte da Faixa de Gaza. Segundo a ONU, dois terços dos 2,4 milhões de habitantes do enclave foram deslocados pela guerra. A maioria fugiu para o sul com o mínimo necessário e o frio que se aproxima deve piorar a situação.
“O inverno está se aproximando rapidamente, abrigos são inseguros e superlotados e falta água potável”, relatou durante a semana o Programa Mundial de Alimentos da ONU ao alertar que os civis correm ainda o risco de morrer de fome.
Israel reafirma que o foco são terroristas do Hamas
O IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel) confirma que realizou operações militares em Jabaliya, mas afirma que mirava nos terroristas que, segundo Israel, usavam a infraestrutura civil de forma deliberada.
“Nossas forças encontraram terroristas que operam intencionalmente a partir de áreas civis e atacam as tropas com mísseis antitanque e explosivos”, disse a defesa israelense no X (antigo Twitter). “Nossas tropas eliminaram vários terroristas e atacaram um grade grande número de infraestruturas terroristas”, acrescentou.
Do lado palestino, a guerra já deixou 12 mil mortos, incluindo 5 mil crianças, afirma o Ministério da Saúde do Hamas. Os combates são uma resposta ao ataque dos terroristas, que mataram 1.200 pessoas e sequestraram cerca de 240 no dia 7 de outubro - um atentado sem precedentes contra Israel./AFP
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