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'Bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder' na Argentina, diz Bolsonaro

Em evento no Piauí, presidente novamente criticou resultado das primárias presidenciais na Argentina, onde a chapa da ex-presidente Cristina Kirchner saiu na frente

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Por Sávia Barreto

PARANAÍBA, PIAUÍ – O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 14, que “bandidos de esquerda” começam a voltar ao poder na Argentina.

A afirmação é mais uma referência ao resultado das primárias presidenciais no país vizinho, em que o presidente Mauricio Macri, aliado de Bolsonaro, foi derrotado por ampla margem por Alberto Fernández, que tem como candidata a vice a ex-presidente Cristina Kirchner.

Jair Bolsonaro em cerimônia alusiva a projeto de irrigação no Piauí; críticas ao resultado das primárias das eleições presidenciais na Argentina foram ditas novamente, em referência àvantagemda chapa da ex-presidente Cristina Kirchner Foto: Alan Santos/PR

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“Olha o que está acontecendo com a Argentina agora. A Argentina está mergulhando no caos. A Argentina começa a trilhar o rumo da Venezuela, porque, nas primárias, bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder”, disse o presidente em Parnaíba, no Piauí, onde participava de cerimônia alusiva a um projeto de irrigação.

A eleição presidencial na Argentina está marcada para outubro, mas as primárias, realizadas no domingo, são apontadas como uma prévia do que deve ocorrer na eleição geral.

vantagem obtida pela coalizão de Fernández sobre a de Macri indica amplo favoritismo da oposição no pleito.

Em seu discurso, que também foi transmitido ao vivo em uma rede social, Bolsonaro disparou uma série de ataques ao PT, à esquerda e aos comunistas.

Ele disse que, nas próximas eleições, a “turma vermelha” será varrida do Brasil e voltou a acusar governadores da Região Nordeste —amplamente governada pela oposição a Bolsonaro— de buscarem dividir o país.

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“Quando a gente vê agora pelo Brasil alguns governadores querendo separar o Nordeste do Brasil, esses cabras estão no caminho errado. O caminho do Brasil é um só: um só povo, uma só raça, uma só bandeira verde e amarela”, disse o presidente, ao lado do prefeito de Parnaíba, o ex-senador Mão Santa, a uma plateia de apoiadores que o aclamava como “mito”.

Pela terceira vez na semana, Bolsonaro utilizou a palavra “cocô” como metáfora, ao afirmar que é preciso “acabar” com os “comunistas e corruptos” no País.

“Vamos acabar com o ‘cocô’: comunistas e corruptos”, disse, em um palco montado no aeroporto da cidade. Após discursar, o presidente desceu do palco em direção ao público.

“Nas próximas eleições vamos varrer essa turma vermelha no Brasil”, completou. Ele afirmou que vai mandar os “esquerdistas para Cuba ou Venezuela”: “Vamos mandar essa turma pra lá, Venezuela, já que lá tá bom, vão pra Cuba, lá deve ser muito bom também”.

 

Ele também disse que o setor de fruticultura de Parnaíba irá se beneficiar do recente acordo de livre comércio firmado entre Mercosul e União Europeia, que ainda precisa ser ratificado pelos países dos dois blocos.

Investimento no Piauí

Antes de discursar, Bolsonaro sobrevoou as obras dos Tabuleiros Litorâneos, onde anunciou recursos para o Piauí na área de irrigação e se encontrou com o governador Wellington Dias (PT).

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A reunião foi rápida e sem registro da imprensa. Segundo o Estado apurou, o clima foi de desconforto e Bolsonaro teria sido frio com o petista. 

Wellington Dias optou por não participar do evento em Parnaíba e retornou a Teresina. Foi a segunda vez que um governador nordestino não participou de um evento público com o presidente Bolsonaro em seu Estado.

Antes, Rui Costa, da Bahia, fez o mesmo na inauguração de um aeroporto em Vitória da Conquista.

Depois do evento, o presidente visitou a escola Jair Messias Bolsonaro, que será inaugurada em janeiro de 2020 e é administrada pelo SESC. A escola terá ensino militar. 

“Pela primeira vez na história do Brasil, temos um presidente que não mede esforços para cumprir as promessas de campanha”, disse. De acordo com ele, “o que o Nordeste precisa e vai ter é chuva de honestidade”. / COM REUTERS

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