Biden testa negativo para covid-19 após ‘efeito rebote’, mas continuará isolado

Casos são incomuns e não têm relação com uso de antiviral usado no tratamento que é produzido pela Pfizer, segundo o CDC dos EUA

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Por Redação
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THE WASHINGTON POST - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, testou negativo para o coronavírus em um exame realizado neste sábado, 6, poucos dias após ter sido diagnosticado novamente com a doença. O médico do presidente, Kevin O’Connor, disse que ele irá cumprir o isolamento até receber um segundo teste negativo e que “continua se sentindo muito bem”.

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Biden foi inicialmente diagnosticado com a doença em 21 de julho. Ficou em isolamento até a semana passada, após testar negativo e cumprir um tratamento com o antiviral Paxlovid, produzido pela empresa farmacêutica Pfizer, que tem sido utilizado nos Estados Unidos.

Alguns dias após o anúncio do teste negativo, no entanto, o presidente voltou a testar positivo, no que vem sendo chamado de “efeito rebote” do coronavírus. Esses casos – mais comuns do que os cientistas imaginavam no início do surgimento dessas ocorrências – consistem em pessoas que foram infectadas pelo coronavírus, fizeram o tratamento, receberam um teste negativo, mas voltam a apresentar sintomas ou testar positivo.

O presidente Joe Biden fala na Casa Branca antes de assinar dois projetos de lei destinados a combater a fraude nos programas de ajuda a pequenas empresas  Foto: Evan Vucci/AP

Segundo o jornal The Washington Post, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos afirmou que um “retorno breve dos sintomas” pode surgir naturalmente e que “independe do uso do Paxlovid”.

Ao Post, a professora de epidemiologia Catherine Bennett da Deakin University, na Austrália, explicou que os dados recentes mostram casos de “efeito rebote” em 10% dos pacientes tratados com Paxlovid, uma ocorrência “não tão rara, mas incomum”.

Após sair do isolamento pela primeira vez, em 27 de julho, Biden realizou um discurso em que elogiou a luta do país contra o coronavírus. Segundo o jornal americano, o presidente continua trabalhando ativamente em suas funções.

Nas últimas semanas, conseguiu a aprovação de US$ 280 milhões para o Chips and Science Act, em uma de suas campanhas legislativas de maior sucesso desde o início de sua presidência. Nas últimas semanas, os EUA também realizaram um ataque ao Afeganistão, que deixou morto o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri.

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Ao final do segundo isoladamente, Biden deve seguir para o Estado de Kentucky, que vem sofrendo inundações devastadoras que, até o momento, deixaram 37 mortos e centenas de desabrigados.

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