Boko Haram mata centenas antes de ser expulso de cidade

Boko Haram saiu de Dikwa na segunda-feira, depois de semanas de ocupação, informou o porta-voz militar do Exército do Chade

PUBLICIDADE

Atualização:
Soldados camaroneses nos arredores de Fotokol, na fronteira com a Nigéria, depois de um conflito no último dia 4. Coalizão formada por Chade, Níger, Nigéria e Camarões luta para aniquilar o Boko Haram, que matou, só em 2014, ao menos 10 mil pessoas Foto: AFP PHOTO / REINNIER KAZE

ABUJA- Centenas de civis foram mortos por integrantes do Boko Haram antes de tropas do Chade tomarem uma cidade nigeriana que estava nas mãos dos extremistas, segundo informações de testemunhas e de um relatório militar.

PUBLICIDADE

O Boko Haram saiu de Dikwa na segunda-feira, depois de semanas de ocupação, informou o porta-voz militar do Exército do Chade, coronel Azem Bermandoua.

Separadamente, no sudoeste de Dikwa, tropas nigerianas evitaram um ataque do Boko Haram em Konduga, matando mais de 70 insurgentes, segundo um militar nigeriano que ajudou a defende a cidade. Um agente de segurança confirmou o ataque, mas falou em condição de anonimato, porque não tem autorização para conversar com jornalistas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta terça-feira que os combates no nordeste fizeram com que 16 mil nigerianos cruzassem a fronteira com Camarões no final de semana. Cerca de 1,6 milhões de nigerianos foram obrigados a fugir de casas e uma quantidade desconhecida de meninas e rapazes foram sequestrados nos 6 anos de levante islâmico promovido pelo Boko Haram, grupo que nasceu no norte da Nigéria.

Publicidade

Os ataques dos extremistas islâmicos se espalharam e cruzaram fronteiras, se estendendo por Camarões, Chade e Níger, países que foram uma força multinacional no combate aos militantes.

As preocupações internacionais aumentaram, juntamente com o número de mortes por causa do levante: cerca de 10 mil pessoas foram mortas no ano passado, ante 2 mil nos quatro anos anteriores, segundo a organização norte-americana Council on Foreign Relations

./AP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.