Caroline Kennedy - filha do ex-presidente John F. Kennedy, assassinado em 1963, e de Jackeline Kennedy Onassis - disse ontem ao governador de Nova York, David Paterson, que deseja representar o Estado no Senado. Com a declaração, a herdeira de um dos mais tradicionais clãs da política americana torna-se a principal candidata para ocupar a cadeira no Senado de Hillary Clinton, escolhida pelo presidente eleito dos EUA, Barack Obama, como secretária de Estado. Segundo a Constituição americana, quando um senador abre mão de seu mandato, cabe ao governador do Estado que ele representa apontar seu sucessor. Caroline nunca se candidatou a cargos públicos, mas participou ativamente da campanha de Obama. Na última semana, o deputado democrata por Nova York Gary Ackerman criticou a situação, dizendo que Caroline não tem qualificações para a política, "exceto que tem um nome famoso, mas isso Jennifer Lopez também tem". Caso seja indicada, Caroline ocupará o cargo que já foi de seu tio Robert Kennedy - também assassinado, em 1963. Outro tio de Caroline, Ted Kennedy, é senador democrata por Massachusetts desde 1962. Caroline contará com uma ampla rede de amigos e parentes para assessorá-la, entre elas sua sobrinha Maria Shriver, mulher do governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e Gary Ginsberg, um executivo da News Corp, proprietária do jornal The New York Post. Sua campanha para obter a nomeação ao Senado do governador Paterson tem sido conduzida por Josh Isay, um consultor político que tem sido um importante estrategista do prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.