Pelo menos 25 pessoas, incluindo 13 estudantes de uma escola primária, morreram nesta quinta-feira, 9, na explosão de um veículo carregado com explosivos na província de Logar, no leste do Afeganistão. Outro ataque no sul do país matou dois soldados americanos.
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Os explosivos estavam em um carro capotado em uma estrada no distrito de Mohammad Agha, a cerca de 30 quilômetros de Cabul, e foram detonados por controle remoto no momento em que uma patrulha policial e vários civis se aproximaram para ver o que tinha acontecido. Autoridades disseram que 21 civis e quatro policiais morreram no incidente. Pelo menos 13 eram crianças de uma escola nos arredores do local do atentado. Duas crianças e um adulto ficaram feridos em consequência da explosão. Outras três estão desaparecidas.
O chefe de polícia Mustafa Khan suspeita que rebeldes taleban estejam por trás do atentado, cuja autoria não foi reivindicada até o momento. O veículo em que estavam os explosivos capotou enquanto seguia para Cabul, e foi acionado quando a polícia chegou ao local para desbloquear a estrada.
O atentado já foi condenado pelo presidente afegão, Hamid Karzai, que ordenou a abertura de uma investigação para levar à Justiça os autores do atentado, que qualificou como "imperdoável". "Nenhum muçulmano comete um ato tão bárbaro e covarde contra civis, contra todos os valores muçulmanos e humanos", disse o presidente, em comunicado divulgado pelo escritório presidencial.
Karzai responsabilizou pelos fatos "escravos dos inimigos do Afeganistão", termo que as autoridades usam para se referir aos taleban, aos quais o presidente acusou também de querer que os afegãos continuem "sem educação e desesperados".
Dois soldados americanos também foram mortos em outro atentado no fim da noite de quarta-feira no sul do país, segundo afirmou a porta-voz do Exército dos EUA, Elizabeth Mathias, sem dar mais detalhes do incidente.
Desde o último dia 2, cerca quatro mil americanos e 650 membros das forças de segurança afegãs realizam uma grande operação contra os taleban na extensa província de Helmand (sul), onde os extremistas têm seus principais redutos.