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Cenário: Russos reforçam ajuda militar ao chavismo 

Moscou anunciou que vai manter todos os programas de ajuda militar que conserva com a Venezuela desde 2005

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O governo da Rússia anunciou ontem que vai manter todos os programas de ajuda militar que conserva com a Venezuela desde 2005, cobrindo o fornecimento de equipamentos e o treinamento de pessoal. O acordo bilateral, iniciado há 14 anos, envolve contratos avaliados em cerca de US$ 10 bilhões. As primeiras negociações, decididas em Moscou diretamente entre Vladimir Putin e Hugo Chávez, resultaram no fornecimento de 24 avançados caças Su-30, helicópteros de ataque e sistemas eletrônicos de comando. O processo nunca foi interrompido. 

Nicolás Maduro (E) é recebido por Vladimir Putin em Moscou Foto: Maxim Shemetov/Pool Photo via AP

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A lista cresceu e na rodada mais recente incorporou a entrega de novas baterias de sofisticados mísseis S-300, de defesa antiaérea, 100 tanques pesados T-72B1V, pouco mais de uma centena de blindados sobre rodas BTR-80/90 e ao menos mil mísseis Igla-S, de porte pessoal. 

No pacote, foi incluída a retomada das obras da fábrica de onde sairá a versão local do fuzil Kalashnikov Ak-47. O projeto está atrasado. A produção deveria ter começado em 2008. A primeira encomenda, de 100 mil unidades, está sendo atendida em etapas pela matriz AkConcern. 

O vice-primeiro-ministro Yury Borisov, disse que “russos e venezuelanos mantêm uma ampla cooperação técnico-militar. Isso não é segredo para ninguém e queremos, sim, que tudo continue”. Borisov situou “nos próximos meses” a abertura da linha industrial de fuzis e citou a construção “em andamento” de um centro de serviços para atender à frota de helicópteros militares. Destacou ainda que o governo Putin “apoia o presidente Maduro legitimamente eleito”. 

O vice-ministro da Defesa, general Nikolai Pankov, também comentou a crise, afirmando que “qualquer intervenção externa será inaceitável”. O general coordena há dois anos a força-tarefa que estuda a eventual instalação de uma base militar da Rússia no litoral caribenho da Venezuela, provavelmente em Puerto Cabello, para dar apoio técnico a navios e aviões de combate em missões de longa distância.

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