PARIS - O jornal satírico francês Charlie Hebdo voltou a criar polêmica ao publicar charges que criticam a reação dos países europeus predominantemente cristãos à onda de imigrantes sobretudo muçulmanos. O semanário se tornou um símbolo da liberdade de expressão após ser atacado por militantes islâmicos em janeiro por ter publicado charges do profeta Maomé.

Na edição mais recente do semanário, um dos desenhos é a representação da foto chocante de Aylan Kurdi, o menino sírio encontrado morto em uma praia da Turquia ao tentar chegar à Grécia.
A charge mostra a criança ao lado de um cartaz de propaganda de promoção de duas refeições infantis pelo preço de uma. “Cheguei tão perto...”, diz o texto.
Outra charge, de um dos desenhistas que sobreviveram ao atentado, traz a legenda: “Uma prova de que a Europa é cristã”. Ela acompanha a imagem de uma figura semelhante a Jesus caminhando sobre a água e uma figura menor mergulha de cabeça. O primeiro diz: “Os cristãos caminham sobre a água”, e o segundo: “As crianças muçulmanas se afogam”. / REUTERS