A China prometeu nesta terça-feira que vai acatar as sanções previstas pela resolução da ONU contra a Coréia do Norte, mas levará em conta suas normas comerciais internas. "A China sempre aplicou as resoluções da ONU de forma responsável e séria. Este caso não é uma exceção", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Liu Jianchao. Liu ressaltou que ao aplicar as sanções previstas na resolução 1.718, Pequim também levará em conta seus regulamentos comerciais e sua lei nacional. Mas evitou dar mais detalhes sobre possíveis limitações. Quanto às suspeitas de que Pyongyang prepara um segundo teste, o porta-voz reafirmou a firme oposição chinesa e recomendou a seu vizinho que evite adotar medidas que piorem a situação. "A resolução 1.718 envia uma mensagem clara e forte à República Popular Democrática da Coréia. Esperamos que responda de forma responsável e retorne à busca de uma solução à crise através do diálogo", disse. O porta-voz explicou também que o reforço da fronteira com a Coréia do Norte, com a construção de uma cerca na parte nordeste, estava planejado há anos e não tem nada a ver com o teste nuclear de 9 de outubro. "Desde 1999, segundo um plano de defesa, estabelecemos gradualmente algumas cercas e patrulhas para melhorar o controle fronteiriço e manter a ordem", disse Liu, acrescentando que "a situação na fronteira está normal". Sobre a ajuda humanitária da China à Coréia do Norte, ele disse que se trata de uma "política correta" que seu país aplica há anos para "melhorar o nível de vida dos norte-coreanos" e que, por isso, o teste nuclear não deverá afetar as remessas. No sábado, os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU aprovaram por unanimidade uma resolução que exige do regime norte-coreano a suspensão imediata de suas atividades nucleares e proíbe a venda ou transferência ao país de material relacionado com armas não convencionais.